O radicalismo da esquerda partidária nas mobilizações contra o presidente Bolsonaro, sábado, empobreceu a luta. Fez com que o movimento contra o ódio destilado da direita e o conceito de que a esquerda quer eleger um projeto que una a população e que traga paz ao país, com políticas sociais e cidadãs enxotadas pelo atual governo, perdesse o sentido.
Queimaram um boneco com o rosto do presidente Bolsonaro, agrediram o ex-ministro Ciro Gomes, vociferaram palavras de ódio contra quem não é Lula e perderam de fazer para o Mundo, a fotografia de um país pacífico, que rejeita um presidente que despreza a ciência, cultiva a desarmonia entre os poderes e incentiva o uso de armas de fogo ao contrário de mais feijão à mesa das famílias brasileiras.
Voltaram ao tempo do discurso radical, das brigas internas levadas a público, do divisionismo de teses ideológicas, coisas que sempre derrotaram Lula nas disputas presidenciais, até que ele virou o “Lulinha paz e amor” no ano de 2000 e a esquerda que o apoiava guardou as armas e aderiram ao discurso de todos (todos, mesmo!!!!) juntos por um país para todos.
Discurso que foi bem aceito e é praticado hoje pela direita bolsonarista.
Nas manifestações a favor de Bolsonaro, desde que defendam a reeleição dele em 2022, podem estar ali gente com todo tipo de ideologia. Para os bolsonaristas, o que vale é somar, ampliar e fortalecer o exército para a eleição do ano que vem.
Já para a esquerda, ou quem está contra Bolsonaro é Lula, ou então, se não estiver, merece pancadaria.
Em tempo: o presidente Jair Bolsonaro tirou proveito da situação e publicou em suas redes sociais a foto do boneco com seu rosto incendiado pelo radicalismo da esquerda, uma imagem forte para mostrar quem são seus opositores.
É o que fica para a história. Lamentavelmente.
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