A seccional alagoana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pode dar um tiro certeiro na sua política de inclusão, caso determine no edital para a eleição do Quinto Constitucional a paridade na lista sêxtupla.
O pleito é liderado por advogadas e advogados e virou uma Carta Aberta, com abaixo-assinado, entregue ontem, 17, ao presidente da OAB alagoana, Vagner Paes. O documento traz um recado justo e forte: “Negar a importância da paridade na lista sêxtupla para o quinto constitucional é o mesmo que negar uma realidade perversa de exclusão feminina”.
Com razão.
Na história do quinto constitucional em Alagoas, nunca uma mulher foi escolhida para a vaga e, sem a paridade na lista sêxtupla, a chance para isso acontecer continua praticamente impossível. Para se uma ideia, dos 97 desembargadores que estão ou já passaram pelo Tribunal de Justiça, apenas 3 foram mulheres e nenhuma delas oriunda do quinto.
Hoje, entre os 16 desembargadores do judiciário alagoano, há apenas uma mulher, a desembargadora Elizabeth Carvalho.
Como referência, a OAB de São Paulo se posicionou recentemente no sentido de garantir que a lista sêxtupla adote o critério da paridade, sob a justificativa do reconhecimento das desigualdades históricas que a OAB, como farol do progresso da sociedade, deve lutar para que sejam superadas.
Em tempo: Não precisa de muita lenga-lenga, burocracia e muito menos debates longos e incansáveis. A paridade tem pressa! É para já! Lembrando que a diretoria da OAB alagoana se elegeu em novembro do ano passado sob o discurso do acolhimento, inclusão e nova política na entidade.
A hora é agora!
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