O edital da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Alagoas, para a eleição do Quinto Constitucional à vaga no Tribunal de Justiça, não trouxe a paridade na lista sêxtupla. Não acolheu o pleito da advocacia feminina e nem teve a sensibilidade para entender que esse seria um passo importante para a própria entidade.
Até porque, a valorização da mulher na advocacia alagoana foi base de discurso de campanha da diretoria atual da Ordem aqui no estado.
Mas na hora do “vamos ver”, cria-se uma “lenga-lenga” burocrática e engaveta-se um pleito que ultrapassa a advocacia e é também uma luta da mulher brasileira para ocupar, de igual para igual, posição nas instâncias de poder.
A paridade na lista sêxtupla para o Quinto Constitucional não é tema para depois, para uma próxima oportunidade, para um “quem sabe, na próxima”, é para já, é para agora, é uma reivindicação justa e que faz falta numa entidade de operadores e operadoras do Direito que defendem o direito de todas e todos.
E quanto discurso de “oba-oba” foi feito em nome do acolhimento, da sensibilidade feminina, do papel da mulher valorizado pela Ordem, do espaço de poder para as advogadas aberto pela entidade.
Uma pena, a OAB alagoana retrocede.
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