Não deverá vingar a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para apurar suposto esquema de corrupção no Ministério da Educação.
O apoio mínimo necessário é de 27 assinaturas, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) chegou a comemorar esse número, mas dois senadores retiraram suas assinaturas sob a justificativa de que uma CPI em ano eleitoral só servirá de palanque político.
Ou seja, para proteger a campanha de quem quer que seja, joga-se a investigação no lixo e castiga a ética pública.
A cara do congresso nacional, sem tirar, nem pôr.
Mas nesse ano de eleições, o que terá de político jurando amor eterno à ética, à luta contra a corrupção, à proteção e guarda dos bens públicos, não vai dar nem para contar! Para a grande maioria, o que vale em período eleitoral é discurso fake de que está ali para defender políticas públicas para todos e todas.
E a justificativa de que a CPI da Covid não deu em nada, não é verdadeira. Ela impulsionou a vacinação, desmascarou fake news que prejudicava o enfrentamento à pandemia, esclareceu sobre o vírus e mostrou a cara dos que menosprezaram a vida de milhares de brasileiros, alguns, até, cruelmente, com deboches.
E só para lembrar, o objetivo da CPI é investigar as denúncias de propina articulada pelos pastores evangélicos no Ministério da Educação durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro. Entre os fatos determinados estão tráfico de influência, emprego irregular de verbas públicas, advocacia administrativa, corrupção ativa e passiva, usurpação de função pública e crimes de responsabilidade.
Em tempo: as denúncias alcançam a família do vereador de Maceió, João Catunda.
Blog Político