O senador Renan Calheiros informou ao portal de notícias Poder 360, que pretende acionar a justiça eleitoral para impedir a realização da convenção nacional do MDB, agendada para segunda-feira, 25.
A convenção é para o partido indicar a senadora Simone Tebet como candidata a presidência da República do Brasil.
Como justificativa, Calheiros alega desconfiança acerca da modalidade adotada, prevista para ser realizada por videoconferência, e falta de diálogo do presidente do partido, deputado Baleia Rossi (MDB-SP) com a ala da sigla ligada ao ex-presidente Lula.
Em 2020, a grande maioria das convenções foi realizada remotamente por conta da pandemia e essa é uma sistemática que continua sendo utilizada até mesmo pelo Congresso Nacional em dias atuais.
Ou seja, não é a motivação real.
A possível falta de diálogo com parte da legenda que já declarou apoio a Lula, como no caso do próprio senador Renan Calheiros, tampouco parece ser um motivo plausível, já que a pré-candidatura de Tebet está nas ruas há pelo menos uns 60 dias.
Uma outra alegação de Calheiros é que com uma candidatura que pode morrer no primeiro turno, o MDB – a exemplo de 2018 com a candidatura de Henrique Meirelles – deixa de investir com mais força nos proporcionais, o que teria causado, há quatro anos, a redução das bancadas do partido no Senado e Câmara dos Deputados.
Há quem diga que a verdadeira preocupação de Renan Calheiros é garantir ao MDB de Alagoas a não punição por ir contra a candidatura de Tebet e apoiar fortemente Lula.
Talvez fosse o caso de parte da legenda que está com Lula, buscar a liberação junto à executiva nacional do que levar o caso à judicialização.
Mas parece que em tempo de intolerância política, seja em que palanque for, o diálogo saiu de moda faz tempo!
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