Imagine que o União Brasil (UB), nas mãos do senador Rodrigo Cunha aqui em Alagoas, sob o apadrinhamento e condução do bolsonarista Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, pode se juntar ao PT nacionalmente pela candidatura de Lula à presidência do Brasil.
O presidente nacional do UB, deputado federal Luciano Bivar (PE), pré-candidato na disputa presidencial, pode recuar desse projeto para apoiar Lula. Os dois andam conversando nesse sentido e há quem diga que Lula propôs apoio da bancada petista à candidatura de Bivar à presidência da Câmara Federal, caso se eleja com o apoio do União Brasil, um sonho antigo do político pernambucano.
Quem acompanha essa novela, garante que Bivar se mostra simpático à ideia.
O problema é que ele teme, nesse caso, pela desagregação do partido, que reúne adversários ferrenhos de Lula, como o ex-juiz Sergio Moro e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. O primeiro é pré-candidato ao Senado pelo Paraná e o segundo disputa a reeleição.
Uma coisa é visível e há consenso no UB sobre ela: a candidatura de Bivar à presidência da República nunca saiu do lugar.
Há ainda a possibilidade de Bivar desistir da candidatura, tentar a reeleição a deputado, apoiar publicamente Lula e deixar que cada estado apoie quem quiser na questão presidencial. É que, formado numa fusão entre Democratas e PSL, há no União Brasil alas próximas a Jair Bolsonaro, outras simpáticas a Lula e uma terceira refratária a qualquer um dos dois e que optaria, no primeiro turno, por se aliar a Ciro Gomes (PDT) ou Simone Tebet (MDB).
Tipo: até 5 de agosto tudo pode acontecer. Ou nada.
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