O deputado Davi Maia, que não conseguiu se reeleger na eleição deste ano, mudou de lado no segundo turno da disputa pelo governo de Alagoas.
Até 2 de outubro deste ano, Davi Maia era Cunha de carteirinha.
Atacava os Calheiros, o deputado Marcelo Victor e, óbvio, o candidato deles a governador de Alagoas, Paulo Dantas, afastado do mandato-tampão pelo STJ.
Mas longe dessa mudança ser novidade na trajetória política de Maia.
Em 2012, na campanha do candidato a prefeito de Maceió Jeferson Morais, era Davi Maia quem jogava todos os cachorros contra o adversário Rui Palmeira, a quem passou a defender logo depois da eleição e se tornou secretário municipal na segunda gestão de Rui como prefeito da capital.
Elegeu-se deputado estadual em 2018 e se manteve no grupo de Rui Palmeira, com direito a cargos e voz na administração municipal. Era aliado de primeira ordem.
Em 2020, abandonou Rui e comprou a candidatura de JHC a prefeito de Maceió. Era um dos mais afiados no discurso contra os Calheiros e Rui Palmeira e o candidato deles, naquela eleição, Alfredo Gaspar.
Na vitória de JHC, foi um dos integrantes da Comissão de Transição do governo.
Este ano, na eleição do governador-tampão, Davi liderou na Assembleia Legislativa de Alagoas a campanha contra Paulo Dantas. Chegou, ele próprio, a se colocar como candidato e poder, no discurso, criticar a forma, os apoios e o propósito real de Dantas ser “alçado” governador do estado.
Primeiro turno da eleição, Davi caminhou lado a lado com Rodrigo Cunha.
Derrotado nas urnas, Davi Maia pulou de lado. Apareceu quinta-feira, 20, no guia eleitoral de Paulo Dantas, atacando Cunha e colocando suspeição na Operação Edema que investiga Dantas por suposto desvio de R$ 54 milhões.
Em 2024, quem confiará em Davi Maia? E hoje, quem confia?
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