Em entrevista neste domingo ao jornal Estado de São Paulo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse o óbvio sobre o Brasil ter no comando da Câmara dos Deputados, um réu na Justiça:"Eu falo em geral, abstrato. Pelo princípio da moralidade, eu entendo que os partícipes da vida pública brasileira devem ter ficha limpa. Sou muito exigente com relação aos requisitos que um homem público deve cumprir para a assunção de cargos de relevância, como a substituição do presidente. Eu acho que, realmente, uma pessoa denunciada assumir a Presidência da República, seja ela qual for, é algo que até no plano internacional não é o melhor quadro para o Brasil".
Uma decisão do próprio Supremo, em 2016, impede a ocupação da Presidência da República pelo chefe do Legislativo que esteja nessa condição. Em outras palavras, o recém-eleito presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP), que responde a oito investigações na Justiça e é réu em um deles, não poderá jamais substituir o presidente Bolsonaro em caso de sua indisponibilidade.
No inquérito onde é réu no STF, Arthur é acusado de ter recebido propina do então presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Francisco Colombo.
O senador Renan Calheiros é daqueles que carregam na bagagem política as mágoas do passado.
Até agora, Calheiros não se livrou da derrota à presidência do Senado em 2019 para Davi Alcolumbre. Em entrevista ao Portal Congresso em Foco, o senador alagoano, líder da maioria na Casa, despeja sua ira contra o colega:
"Davi precisa acabar com esse sentimento de gigantismos, coisa que ele expressou na eleição que disputou, quis mudar o regimento, sentou na Mesa como suplente, botou mais um voto para anular a eleição que me obrigou a sair. Ele se elegeu com 42 votos, provavelmente com grande parte dos meus votos".
A confusão entre os dois, agora, tem como alvo a presidência da CCJ, a Comissão de Constituição e Justiça, que ambos pleiteiam. “Essa coisa do Senado ter dono não rima com democracia”, dispara Calheiros contra Alcolumbre.
Veremos se Calheiros consegue agora sua revanche contra Davi Alcolumbre.
O deputado federal Paulão (PT/AL) anunciou, final da noite de ontem, pelo seu twitter, que Fernando Haddad será o candidato de seu partido para enfrentar a reeleição de Bolsonaro, e o Democratas pensa no nome do ex-prefeito de Salvador (BA), ACM Neto, para compor como candidato a vice na chapa do atual presidente.
Aqui pelas bandas de Alagoas, o xadrez ainda está sendo jogado e há duas peças principais em movimento antes de qualquer definição eleitoral: a gestão de JHC na prefeitura de Maceió, e a força política do deputado Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados, assim como sua influência no governo federal.
Por ora, todos à espreita, literalmente na moita, no aguardo de sinalizações.
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O presidente Jair Bolsonaro foi recebido nesta quarta-feira, 3, em plenário no Congresso Nacional com vaias e insultos por parte da oposição.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que presidia a sessão, tentou pacificar os ânimos pedindo aos parlamentares que dessem uma oportunidade a Bolsonaro e à paz política, mas o próprio presidente ignorou o apelo de seu aliado.
Ao discursar, Bolsonaro reagiu provocativo aos opositores: “Nos encontraremos em 22 (eleição de 2022).
Se nem o presidente desceu do palanque eleitoral, o que dirá seus adversários!
Enquanto isso, o Brasil crava 227.563 mortes por covid até agora e mais 56 mil casos de contaminação apenas no dia de ontem, quando Bolsonaro e oposicionistas arengam eleitoralmente em público.
E pensar que é slogan do presidente, “Brasil acima de tudo”...
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O prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar, anuncia sua mudança partidária.
Ele deixa o PSB de JHC e assina filiação no MDB dos Calheiros, a convite do governador Renan Filho. E justifica seu gesto, como uma reação generosa à promessa do governador em investir no município 200 milhões de reais nos próximos 24 meses.
Júlio disputou o governo do estado com Renan Filho em 2014 e fez o discurso duro contra a velha política do MDB em Alagoas, em especial comandada pelo pai do seu então adversário, senador Renan Calheiros.
Como diz o senador Fernando Collor: “O tempo é o senhor da razão”.
*Com informações do portal Cada Minuto
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O novo presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP), comemorou ontem à noite/madrugada desta terça-feira, 2, sua vitória com uma festa em sua casa, no Lago Sul, área nobre de Brasília, para cerca de 300 pessoas, segundo matéria do Estadão.
Seria compreensível, se não estivéssemos vivendo uma pandemia, onde o distanciamento social é regra, e não exceção. E se o deputado, em seu discurso de eleito, não tivesse se comprometido com a urgência na pauta de medidas de combate à covid-19.
Ou seja, diz uma coisa, faz outra...
Segundo o Estadão, houve animação com banda de música e poucos convidados usavam máscaras, entre eles ministros do presidente Bolsonaro, fiador da eleição de Lira à presidência do parlamento, muitos deles negacionistas do vírus.
Enquanto isso no Brasil, ontem, dia da “festança” de Lira e seus companheiros, chegamos infelizmente ao número de 225.099 de mortos pelo coronavírus.
Nenhuma surpresa nas eleições às presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, ocorridas nesta segunda-feira, 01 de fevereiro.
Venceram os favoritos, deputado Artur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ambos com apoio pesado do Palácio do Planalto. Embora isso não signifique que o presidente Jair Messias Bolsonaro possa se considerar mentor dessas vitórias, no máximo, ele foi participe do projeto de poder do Centrão, bloco com força política no Congresso Nacional.
Em outras palavras, a pauta do legislativo não será do governo, bem ao contrário, as duas casas legislativas é que pautarão o executivo. Já Bolsonaro, será mais refém do parlamento nesse ano e em 2022, do que pode até sido até agora. Quem diz isso? Os discursos dos eleitos não disfarçaram esse recado ao presidente da República.
E para Alagoas, o papel de Artur Lira no cenário eleitoral refletirá muito em 2022, em especial nas candidaturas ao governo e ao senado federal.
É só aguardar.
Ah, e os processos que Lira responde no Judiciário, esses, não têm nenhuma importância para a política. É apenas mais um monte de papel a ser arquivado, tais quais as investigações contra outros tantos iguais ao novo presidente da Câmara dos Deputados, na vida pública.
Candidato favorito à presidência da Câmara Federal, com apoio público e notório do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Arthur Lira (PP) responde atualmente a sete processos na Justiça. São cinco no STF, um no TRF-5 e outro no Tribunal de Justiça de Alagoas.
Com exceção do processo que tramita no judiciário alagoano, por crime contra a honra, todos os outros investigam possível envolvimento do parlamentar em corrupção passiva, participação em quadrilha ou bando, lavagem e ocultação de bens, e crime contra a administração pública em geral.
Mesmo assim, Artur Lira é um nome de peso em Brasília e aqui em Alagoas, onde na eleição do ano passado ele esticou o número de prefeitos e aliados no interior e, certamente, será o político com mais força eleitoral em 2022.
Pode ousar disputar com Collor a vaga do Senado ou mesmo tentar a sucessão do governador Renan Filho. Sobretudo se for eleito, nesta segunda-feira, presidente da Câmara dos Deputados.
Quem viver, verá.
Ou seja, responder processo por corrupção na política, e nada é a mesma coisa.
Processos em andamento/Arthur Lira
Número: INQ 4631 - STF
Informações: DIREITO PENAL | Crimes Praticados por Funcionários Públicos Contra a Administração em Geral | Corrupção passiva | Crimes contra a Paz Pública | Quadrilha ou Bando | Crimes Praticados por Particular Contra a Administração em Geral | Corrupção ativa.
Número: INQ 3989 - STF
Informações: DIREITO PENAL | Crimes Previstos na Legislação Extravagante | Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores| Crimes Praticados por Funcionários Públicos Contra a Administração em Geral | Corrupção passiva | Crimes contra a Paz Pública | Quadrilha ou Bando.
Número: INQ 3994 - STF
Informações: DIREITO PENAL | Crimes Previstos na Legislação Extravagante | Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores| Crimes Praticados por Funcionários Públicos Contra a Administração em Geral | Corrupção passiva.
Número: INQ 3996 - STF
Informações: DIREITO PENAL | Crimes Praticados por Funcionários Públicos Contra a Administração em Geral | Corrupção passiva | Crimes Previstos na Legislação Extravagante | Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores.
Número: INQ3515 - STF
Informações: DIREITO PENAL | Crimes Previstos na Legislação Extravagante | Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores| Crimes Praticados por Funcionários Públicos Contra a Administração em Geral | Corrupção passiva.
Número: 111000000094200258 - TRF-5
Informações: Crimes praticados por particular contra a Administração em geral - Penal
Número: 0726216-93.2018.8.02.0001 - TJ-AL
Informações: Crimes contra a honra
Com informações:
https://radar.congressoemfoco.com.br/parlamentar/1160541/perfil
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