Segunda-feira, 24, Paulo Dantas foi reconduzido ao cargo de governador de Alagoas por duas decisões no Supremo Tribunal Federal (STF), uma do ministro Gilmar Mendes, e outra do ministro Luís Roberto Barroso.
Ele estava afastado do mandato por solicitação do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que investigam a participação de Paulo Dantas com o desvio de R$ 54 milhões da Assembleia Legislativa do Estado, via a contratação de cerca de 100 servidores fantasmas com salários entre R$ 17 mil a R$ 21 mil.
Segundo Gilmar, ordens judiciais como o afastamento do mandato cuja reeleição se pretende; a proibição de frequentar determinados lugares, como comícios ou reuniões públicas; ou a imposição de uso de tornozeleira eletrônica "podem impor desequilíbrios ao processo eleitoral e constrangimentos aos candidatos que afetam diretamente a livre concorrência”.
Já Luís Roberto Barroso suspendeu as medidas cautelares impostas a Paulo Dantas por considerar que há dúvida razoável sobre a competência para o afastamento pelo STJ, responsável por analisar casos sobre governadores, uma vez que as acusações se referem ao período em que o emedebista era deputado estadual — portanto, com foro especial no Tribunal de Justiça de Alagoas.
Ou seja, nenhuma das duas decisões exclui a investigação.
Muito menos a suspeita de Dantas como líder de uma quadrilha que surrupiou dinheiro público do estado de Alagoas.
Aos eleitores mais novos na arte do voto, mesmo os que já se decidiram por esse ou aquele motivo, vale a dica da comparação entre os candidatos antes de depositarem o futuro do seu estado e do seu país, domingo, dia 30, na urna eletrônica.
Os mais antigos conhecem o valor da comparação, mas se ainda estão na dúvida, melhor se precaver agora votando em um projeto mais confiável ou menos danoso, do que vivenciar maus dias no futuro.
É possível comparar.
Qual a trajetória de vida dos candidatos? O que fizeram para chegar até aqui? O que pesa contra eles judicialmente? Quem tem envolvimento com corrupção, violência, o uso desumano da pobreza em benefício de seu projeto político? Quem apoia, apadrinha, financia a vida política desses candidatos? Quem tem as mãos impas de sangue e de roubo do dinheiro público?
Quem tem compromisso com a qualidade de vida da população, com a educação, a saúde, a segurança pública, a geração digna de emprego e renda, a diversidade, a igualdade, a cultura, a sustentabilidade ambiental?
Quem lhe parece mais confiável para cuidar de sua gente e dos cofres públicos?
Dia 30, é para votar com consciência, com a razão e não com o ódio, intolerância e, ou sob pressão de quem quer que seja. Nesta data, é você e a urna. É você decidindo pelo estado e pelo Brasil.
Em tempo: leve em consideração o resultado da comparação, não os indicativos de pesquisas de intenção de voto. O seu dever não é votar em quem tem chance de ganhar, mas em quem, ganhando, levará nessa vitória um estado e um país mais justos para todos e todas.
O deputado Davi Maia, que não conseguiu se reeleger na eleição deste ano, mudou de lado no segundo turno da disputa pelo governo de Alagoas.
Até 2 de outubro deste ano, Davi Maia era Cunha de carteirinha.
Atacava os Calheiros, o deputado Marcelo Victor e, óbvio, o candidato deles a governador de Alagoas, Paulo Dantas, afastado do mandato-tampão pelo STJ.
Mas longe dessa mudança ser novidade na trajetória política de Maia.
Em 2012, na campanha do candidato a prefeito de Maceió Jeferson Morais, era Davi Maia quem jogava todos os cachorros contra o adversário Rui Palmeira, a quem passou a defender logo depois da eleição e se tornou secretário municipal na segunda gestão de Rui como prefeito da capital.
Elegeu-se deputado estadual em 2018 e se manteve no grupo de Rui Palmeira, com direito a cargos e voz na administração municipal. Era aliado de primeira ordem.
Em 2020, abandonou Rui e comprou a candidatura de JHC a prefeito de Maceió. Era um dos mais afiados no discurso contra os Calheiros e Rui Palmeira e o candidato deles, naquela eleição, Alfredo Gaspar.
Na vitória de JHC, foi um dos integrantes da Comissão de Transição do governo.
Este ano, na eleição do governador-tampão, Davi liderou na Assembleia Legislativa de Alagoas a campanha contra Paulo Dantas. Chegou, ele próprio, a se colocar como candidato e poder, no discurso, criticar a forma, os apoios e o propósito real de Dantas ser “alçado” governador do estado.
Primeiro turno da eleição, Davi caminhou lado a lado com Rodrigo Cunha.
Derrotado nas urnas, Davi Maia pulou de lado. Apareceu quinta-feira, 20, no guia eleitoral de Paulo Dantas, atacando Cunha e colocando suspeição na Operação Edema que investiga Dantas por suposto desvio de R$ 54 milhões.
Em 2024, quem confiará em Davi Maia? E hoje, quem confia?
A 15 dias da votação do segundo turno eleitoral, Alagoas tem 31,5% de indecisos para o governo do estado, segundo o Instituto Paraná Pesquisa que ouviu 1.510 eleitores presencialmente, entre os dias 9 e 13 deste mês de outubro. Esse resultado é o da pesquisa espontânea, que mostrou ainda 5,7% de nulos e brancos, e uma diferença de 10% entre os candidatos Rodrigo Cunha (UB) e Paulo Dantas (MDB).
“Vamos virar o voto, vamos mostrar ao Brasil que Alagoas quer sair das páginas policiais, que quer deixar para trás quem envergonha nossa história, nossa gente e nosso futuro”, declarou Cunha, neste sábado, 15, afirmando que é a cada dia mais pessoas o procuram para se juntar ao “lado certo de fazer política”.
“É só comparar, de um lado, um candidato que em quatro meses como governador-tampão foi afastado do cargo e é investigado por corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, do outro, um senador mãos limpas, um candidato com uma trajetória de combate intransigente à corrupção e em defesa da transparência pública, um candidato com propostas para tirar Alagoas do mapa da fome e para gerar emprego, renda e dignidade aos alagoanos e alagoanas”, enfatizou Rodrigo Cunha.
Segundo Rodrigo Cunha, “não adianta Dantas e sua trupe espalharem por aí que esse inquérito é armação. O que eles precisam explicar, o que o ex-tampão precisa explicar, é onde conseguiu dinheiro em espécie para pagar R$ 1,6 milhão por uma cobertura em Maceió, qual a origem dos R$ 8 milhões que pagaram uma mansão para ele no Laguna! O ex-tampão precisa explicar aos alagoanos a contratação de 93 servidores fantasmas na Assembleia Legislativa, com salários entre R$ 17 mil e R$ 21 mil, e que só recebiam entre 300 e 600 reais!”.
“O restante desses valores era embolsado por Paulo Dantas, segundo testemunho de um militar preso em agosto passado, flagrado fazendo a operação para o ex-tampão. Não, Alagoas vai dizer basta a essas pessoas, a esse tipo de política que se elege para ameaçar, pressionar, roubar os cofres públicos, desgastar a imagem do nosso estado, da nossa população”, destacou o candidato Rodrigo Cunha. “Não há armação, a armação Paulo Dantas fez na Assembleia Legislativa e está sendo investigado e punido por isso”, reforçou.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo AL-08594/2022.
Rodrigo Cunha é senador da República, candidato ao governo do estado pela coligação Alagoas Merece Mais.
[08:38, 15/10/2022] Lili Claro: A 15 dias da eleição, Alagoas ainda tem 31,5% de indecisos para o governo do estado
A 15 dias da votação do segundo turno eleitoral, Alagoas tem 31,5% de indecisos para o governo do estado, segundo o Instituto Paraná Pesquisa que ouviu 1.510 eleitores presencialmente, entre os dias 9 e 13 deste mês de outubro. Esse resultado é o da pesquisa espontânea, que mostrou ainda 5,7% de nulos e brancos, e uma diferença de menos de 10% entre os candidatos Rodrigo Cunha (UB) e Paulo Dantas (MDB).
“Vamos virar o voto, vamos mostrar ao Brasil que Alagoas quer sair das páginas policiais, que quer deixar para trás quem envergonha nossa história, nossa gente e nosso futuro”, declarou Cunha, neste sábado, 15, afirmando que é a cada dia mais pessoas o procuram para se juntar ao “lado certo de fazer política”.
“É só comparar, de um lado, um candidato que em quatro meses como governador-tampão foi afastado do cargo e é investigado por corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, do outro, um senador mãos limpas, um candidato com uma trajetória de combate intransigente à corrupção e em defesa da transparência pública, um candidato com propostas para tirar Alagoas do mapa da fome e para gerar emprego, renda e dignidade aos alagoanos e alagoanas”, enfatizou Rodrigo Cunha.
Segundo Rodrigo Cunha, “não adianta Dantas e sua trupe espalharem por aí que esse inquérito é armação. O que eles precisam explicar, o que o ex-tampão precisa explicar, é onde conseguiu dinheiro em espécie para pagar R$ 1,6 milhão por uma cobertura em Maceió, qual a origem dos R$ 8 milhões que pagaram uma mansão para ele no Laguna! O ex-tampão precisa explicar aos alagoanos a contratação de 93 servidores fantasmas na Assembleia Legislativa, com salários entre R$ 17 mil e R$ 21 mil, e que só recebiam entre 300 e 600 reais!”.
“O restante desses valores era embolsado por Paulo Dantas, segundo testemunho de um militar preso em agosto passado, flagrado fazendo a operação para o ex-tampão. Não, Alagoas vai dizer basta a essas pessoas, a esse tipo de política que se elege para ameaçar, pressionar, roubar os cofres públicos, desgastar a imagem do nosso estado, da nossa população”, destacou o candidato Rodrigo Cunha. “Não há armação, a armação Paulo Dantas fez na Assembleia Legislativa e está sendo investigado e punido por isso”, reforçou.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo AL-08594/2022.
Rodrigo Cunha é senador da República, candidato ao governo do estado pela coligação Alagoas Merece Mais.
Derrotado nas urnas para a Câmara Federal, Rodrigo Valença (UB), ex-prefeito de São José da Laje, tenta agora sob incentivo do pai, o Neno da Laje, emplacar a possibilidade de assumir o mandato em caso de vitória de Jair Bolsonaro (PL) neste segundo turno eleitoral.
Circula na cidade e região que se Bolsonaro for reeleito presidente, o deputado federal eleito Alfredo Gaspar (UB), assumirá um cargo no governo federal e abrirá o mandato para Rodrigo de Neno, seu primeiro suplente.
Que disparate!
Não que Gaspar não tenha competência ou força política para merecer um posto no governo federal, mas contar agora com o ovo ainda dentro da galinha é tentar iludir o eleitor lajense e da Zona da Mata a votar em um projeto inexistente.
O fato é que Neno não elegeu o filho e talvez seja esse o início de uma nova fase política para São José da Laje, onde o povo já não aceita a pressão, a chantagem, a ameaça e a arbitrariedade disfarçada de liderança.
Aguardemos!
Só para constar: com quem Neno ou Rodrigo Valença fez esse acordo, com Bolsonaro?!
Há uma cobrança do eleitorado alagoano para que o senador Rodrigo Cunha (UB), candidato ao governo do estado, declare voto em Jair Bolsonaro ou Lula neste segundo turno.
Uma cobrança indevida, podemos dizer, já que a grande maioria de seus apoiadores, a exemplo do deputado federal reeleito Arthur Lira, o prefeito de Maceió JHC, o deputado estadual Davi Davino Filho, entre outros, já declararam voto e apoio à reeleição de Bolsonaro.
No mesmo palanque de Rodrigo Cunha, o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, é eleitor e apoiador de Lula.
Ou seja, se vencer a eleição para o governo de Alagoas, quem menos terá problemas em transitar por Brasília em busca de melhorias para todos os alagoanos, os que votam na direita e os que votam na esquerda, será Rodrigo Cunha.
Alguém duvida disso?
Agora, o embate é outro: é Rodrigo Cunha versus Paulo Dantas, os Calheiros e Marcelo Victor&CIA.
E não há nenhuma dúvida sobre isso.
O Nordeste deu a Lula no primeiro turno 21 milhões de votos, uma diferença de cerca de 13 milhões de votos contra Jair Bolsonaro.
Lula ganhou em todos os noves estados e em todas as capitais, com exceção de Maceió.
Segundo Bolsonaro, a sua derrota no Nordeste é pelos altos índices de analfabetismo nesta região, a mesma região que já foi tratada várias vezes por ele de forma preconceituosa, chamando os brasileiros nordestinos de “aratacas”, “cabeçudos”, “pau de arara” e “paraíbas”.
É óbvio que ele disse ter “brincado” com os nordestinos ao fazer essas declarações, mas quem disse a ele que se pode brincar preconceituosamente? O que o legitima para fazer chacotas com o povo nordestino? Em quatro anos de governo, o que Bolsonaro fez pela educação no Nordeste para combater o analfabetismo?
Os indicadores sociais no Nordeste continuam perversos, mas a valentia, a clareza, a determinação e os valores do povo desta região são legitimados na força do trabalho, na honestidade e na luta incansável pelo respeito aos nordestinos.
Essa é a regra que Jair Bolsonaro subestimou.
O presidente Jair Bolsonaro, que recebeu no primeiro turno da eleição 43,2% dos votos válidos, bloqueou, um dia antes da votação, R$ 2,4 bilhões do orçamento do Ministério da Educação.
Isso representa uma redução de R$ 328,5 milhões no custeio das universidades federais em todo o Brasil.
Somado ao montante que já havia sido bloqueado ao longo do ano, o total retirado das federais é de R$ 763 milhões. Já as unidades de educação básica federais perderam mais de R$ 300 milhões.
É o Brasil andando para trás na educação.
Já recursos para o orçamento secreto do Congresso Nacional, tudo como dantes no quartel de Abrantes.
Lula e Bolsonaro vão à caça de 15 milhões de pessoas que nesse primeiro turno das eleições anularam o voto, votaram em branco, ou fugiram da polarização e votaram em outros candidatos.
Para entender a base de largada de cada um deles, Lula venceu o primeiro turno com 57,2 milhões de votos, contra 51 milhões de Bolsonaro (48,4% a 43,2%). Isso dá 91,6% dos votos válidos.
Anularam o voto 3,4 milhões de eleitores (2,8%), enquanto 1,9 milhão (1,6%) votaram em branco. Os eleitores que furaram a polarização votando em outros candidatos — principalmente em Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) — somaram 9,9 milhões.
No total, cerca de 15 milhões de pessoas estão, em tese, "disponíveis" para o flerte dos dois finalistas — pouco mais de 12% do eleitorado que compareceu às urnas no último domingo, dia 02.
Não será uma caçada fácil, nem para um, nem para outro, mas uma coisa é certa, a conquista de cada um desses votos depende mais do discurso conciliador do que o da intolerância política, além, claro, do exército de base que os dois tenham nessa guerra.
Nisso, Bolsonaro entra com vantagem: a direita se espalhou no eleitorado brasileiro.
A partir de janeiro de 2023, seja quem for o presidente, Lula ou Bolsonaro, o Brasil terá um Congresso Nacional de extrema direita.
O país elegeu mais senadores e deputados federais conservadores do que esquerdistas, em especial no Senado Federal.
Será essa nova composição extremista à direita que dará a nova direção ao parlamento brasileiro.
Oremos!
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