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24/09/2019 às 17h30

Cultura

Maracatodos atuará na preservação da memória afro-brasileira em Alagoas

O projeto terá uma série de oficinas de músicas de origem afro-brasileira

Divulgação

O Projeto Tradição Coletiva – ONG Maracatodos -  atuará na preservação da memória afro-brasileira, por meio de um conjunto de oficinas e ações voltadas para o maracatu, forró, samba, reggae, atividade griot e rastafari. De acordo com o responsável técnico, o projeto terá uma série de oficinas de músicas de origem afro-brasileira, buscando preservar a memória do povo negro, fundador de diversas manifestações culturais, que rotineiramente não são associadas as suas origens, ou, quando associadas, vistas com algum preconceito com oficinas de formação com viés afro-brasileiro, buscando a formação e consciência sociedade.

”O povo negro vem lutando secularmente contra a perseguição, a escravidão, o preconceito racial e a intolerância religiosa. Sobrevivendo em um ambiente de clima adverso, de insegurança e injustiçamento histórico.  Portanto, é importante a formação em defesa de direitos históricos, pela preservação a celebração da resistência, preservação da memória e ampliação do intercâmbio de saberes com outros segmentos da comunidade e essa também é uma preocupação do deputado federal Paulão (PT)”, relatou o coordenador.

Segundo Regueira, Maceió hoje ocupa os rankings internacionais de violência, dentro desse quadro a discriminação e racismo fazem dos jovens da periferia, em especial os negros, as principais vítimas da violência. Os grupos culturais representam um nicho de resistência cultural dentro da sociedade, em especial nos bairros da periferia, relegados pelas autoridades e evitados pela sociedade.

“A violência e a falta de perspectiva dos jovens são problemas enfrentados na comunidade. As ações culturais nascidas por diversos ritmos afro-brasileiros, como o forró, o reggae, o maracatu e o samba, contribuem para a diminuição do sofrimento e da violência na comunidade, sendo uma alternativa de atividade aos jovens de lá, seja no viés da formação, seja no viés do escasso entretenimento sintomático aos menos favorecidos”, explicou.

O Coco-de-roda

O semba, que significa umbigada (em tradução livre), ritmo original do Coco-de-roda, é pai e mãe de diversos ritmos, como o Samba, o Forró e suas variantes. Assim sendo, o forró e o samba são manifestações extremamente ligadas à identidade do povo nordestino, brasileiro, assim como do povo negro, para muito além das tradicionais festas tradicionais de Carnaval e São João. Já o Maracatu é uma possui origem afro-brasileira, surgida em meados do século XVIII, a partir da miscigenação musical das culturas portuguesa, indígena e africana. Já o Reggae possui origem afro-caribenha, foi abraçado no Brasil especialmente em Alagoas e Maranhão e algumas coisas que podem caracterizá-lo é o empoderamento do povo negro, a ligação com o movimento Rastafari e a crítica social, como por exemplo cantar a desigualdade, o preconceito, a fome e muitos outros problemas sociais. Portanto, valorizar essas expressões culturais é valorizar a memória e a tradição do povo negro, do povo nordestino e do povo brasileiro. Todas essas expressões trazem consigo valores morais e éticos que são imensuráveis para a comunidade; no entanto, além da elevação da autoestima, a inclusão social e o desenvolver da cultura de paz e da economia solidária, são fatores de importância ímpar para aqueles que estão envolvidos.


Fonte: Assessoria

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