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02/12/2019 às 11h30

Cultura

Ator Rainer Cadete é o entrevistado do programa Impressões

TV Brasil/Divulgação

Ele é brasiliense e estreou nas telas fazendo comédia. Com várias novelas no currículo, já subiu aos palcos e agora ganha as telas do país em sua mais recente atuação no filme Carcereiros. Rainer Cadete interpreta o Príncipe, chefe de uma facção de um presídio. Inspirado no livro de mesmo título de Drauzio Varella. O filme estreou em todo o país no último dia 28.

Em entrevista ao programa Impressões, que vai ao ar nesta segunda-feira (2) às 21h na TV Brasil, o ator Rainer Cadete diz que Carcereiros é um filme diferenciado por causa da quantidade de efeitos especiais. O ator acredita que a obra vai além da estética e também suscita um debate social. “Além de ser um filme de entretenimento, ele também joga luz para um lugar em que as pessoas não falam muito, não se preocupam muito, que está muito à margem da sociedade, que são os presídios do país. Eles estão em estados deploráveis e já foram feitos não para restaurar ninguém, não para reestabelecer, não para incluir ninguém na sociedade. Mas foram feitos como depósito humano mesmo”. Para Cadete, “além de um entretenimento de alto nível, de muita ação e de muita bomba e confusão, também tem um fundo social, importante para levantar um debate saudável”.

O longa-metragem conta a história de um carcereiro, interpretado pelo ator Rodrigo Lombardi, que é avesso à violência e tenta garantir a paz no presídio. “O filme todo se passa numa noite dentro desse presídio. Uma noite que parece ser sem fim”, diz Rainer.  A chegada de um terrorista internacional culmina numa rebelião na penitenciária, que já vivia o terror devido à rivalidade entre facções criminosas. Para Rainer Cadete, esse é um cenário que não se restringe apenas às telas de cinema. “Acho que a sociedade que está ali reflete muito do que está fora. O carcereiro também fica enclausurado. Acho que tem muito a ver essa coisa do descaso, do que está à margem, não ter voz, desse depósito humano. Essas coisas para mim são bem fortes, mas refletem muito o que está acontecendo fora dos presídios também”.

Rainer não esconde a alegria de trabalhar com José Eduardo Belmonte, que também já esteve à frente de outra produção em 2014, o filme Alemão, maior sucesso comercial do diretor. O ator não imaginava que 13 anos depois de seu encontro com o diretor, estaria numa produção de Belmonte. “Em 2006, assisti a um filme do José Eduardo Belmonte que é o nosso diretor, que também é daqui de Brasília, um filme chamado A concepção. Quando terminou o filme, fui até o Belmonte e falei: quero trabalhar com você”.

Para viver o personagem, o ator passou por um processo de imersão e de preparação: “Li o livro, assisti à série, vi o documentário e também fui à Papuda (Complexo Penitenciário do Distrito Federal) aqui em Brasília. A minha mãe é agente penitenciária, trabalha na Secretaria de Segurança”, conta Rainer. Ele lembra que um dos grandes desafios vividos por ele no filme, foi com a maquiagem. “Eu fiquei com o corpo inteiro queimado. Quando eu terminei de me caracterizar e olhei no espelho meu deu até uma agonia”.

O ator revela que está ansioso para voltar a atuar no teatro. A última peça feita por ele foi O louco e a camisa, comédia dramática do escritor argentino Nelson Valente que fala da loucura, hipocrisia e relações familiares.  “Sempre que tem uma história bacana, um personagem transformador, independente da plataforma, eu quero fazer, me apaixono e vou de corpo e alma”, conclui Rainer.


Fonte: Agência Brasil

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