Dólar com. 5.0153
IBovespa 0.58
29 de março de 2024
min. 23º máx. 32º Maceió
chuva rápida
Agora no Painel Caixa termina de pagar parcela de março do novo Bolsa Família
21/06/2021 às 19h06

Cultura

Mopho traz melodias elaboradas em quinto disco da carreira

Que Fim Levou Meu Sorriso é mais um expressivo capítulo nos 25 anos da banda alagoana, referência na psicodelia brasileira

Divulgação

 

De volta com a formação do Volume 3 e a peculiar habilidade em entregar canções com alta carga emotiva e melódicas, a lendária banda alagoana de música psicodélica, Mopho, chega ao quinto registro de estúdio, o EP Que Fim Levou Meu Sorriso, exatamente no ano em que completa 25 anos de carreira.

O álbum, com seis faixas, chega às plataformas digitais no dia 25 de junho.

A Mopho é uma banda de músicos com influências plurais, que transitam entre o rock dos anos 60/70 com um pouco de hard e psicodelia, e especialmente a música brasileira de Mutantes a Zé Ramalho.

Que Fim Levou Meu Sorriso resgata o cancioneiro popular das influências radiofônicas, principalmente nordestinas, de artistas como Ednardo, Fagner, Belchior, mas tudo embalado a singular forma do Mopho de fazer música – a verve melancólica e camadas lisérgicas. Esta aura também é perceptível pelo canto mais enraizado do vocalista João Paulo.

O lançamento marca o retorno de Júnior Bocão (baixo e voz) e Hélio Pisca (bateria), membros originais, que novamente se juntam a João Paulo (guitarra e voz) e Dinho Zampier (teclado). A produção teve início no final de 2019, mas foi finalizada somente em 2020, quando a aguardada reunião foi sacramentada.

O quarteto, reunido em estúdio - em breve nos palcos - , significa a essência do Mopho mais uma vez exaltada, uma formação que já brindou a música psicodélica com o disco autointitulado de 2000, hoje um clássico absoluto do gênero.

Quatro faixas de Que Fim Levou Meu Sorriso são de autoria de João Paulo, composições cujas primeiras ideias e arranjos surgiram ainda na produção do quarto álbum, Brejo (2017), e mais duas de Júnior Bocão, estas que fariam parte do segundo álbum do Mopho, Sine Diabolo Nullus Deus (2004).

Como revela o baixista sobre as suas composições, devido à ruptura da formação original, as faixas foram lançadas no álbum da banda Casa Flutuante, projeto de Bocão e Pisca, que finalmente ganharam arranjos do Mopho.

A única participação do álbum é em Mundo Sem Fim, que tem vocais de Júlia Guimarães, filha do João Paulo, vocalista do projeto Ladybug. É, aliás, a primeira música com um feat na história do Mopho.

Ficha técnica

Nome do álbum: Que Fim Levou Meu Sorriso
Lançamento: 25 de junho de 2021 nas plataformas digitais

Gravado e mixado por Joaquim Prado no Estúdio Panda
Gravações adicionais no Divina Home. Masterizado por Brendan Duffey.

Projeto gráfico

Direção de arte: Júnior Bocão
Designer gráfico e arte finalista: Victor Caesar

Este trabalho foi financiado com recursos da Lei Aldir Blanc através de Edital público da Secretaria de Cultura (Secult) de Alagoas.

Biografia

Formado em 1996, na cidade de Maceió, o Mopho adveio da saudosa Blues Band Água Mineral. O nome surgiu da necessidade de dialogar com o som que os garotos queriam levar a partir de então, influenciados pela sonoridade dos anos 60 e 70. E como brincaram na época, era uma "música mofada."

Em 1997, lançam sua primeira demo-tape, Uma Leitura Mineral Incrível, e em 1999, o CD demo, Um Dia de Cada Vez, conquistando com estes trabalhos um grande respaldo na cena independente, o que fez com que chegasse aos ouvidos do lendário Luiz Calanca, que abriu as portas de sua loja/selo, Baratos Afins, para que a banda lançasse seu primeiro álbum autointitulado, no ano 2000.

Trazendo uma roupagem psicodélica, além de uma sutil pegada pop, o disco conquistou o mercado independente brasileiro, ganhando ótimas críticas na imprensa, além de comentários empolgados de ídolos da banda, como Arnaldo Baptista e Rogério Duprat, e dividindo o palco em apresentações em shows e participações em programas de TV com grandes lendas do rock nacional, como Lanny Gordin e Luiz Carlini, tornando o grupo um dos responsáveis diretos pela nova ascensão do movimento psicodélico no rock brazuca.

Com isso, uma extensa turnê foi programada, levando a banda a diversos pontos do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília, onde tocaram nos famosos festivais Porão do Rock e Abril Pro Rock.

Após mudanças na formação, a banda lança, em 2004, seu segundo disco, Sine Diabolo Nullus Deus, mantendo a verve que os tornou famosos, porém, com uma carga melancólica forte. Em 2011, sai Volume 3, contando com o retorno de integrantes da formação clássica e voltando com uma pegada mais pop. O disco foi bem recebido e levou a banda a um novo giro pelo país.

Em 2013, reconhecendo o primeiro disco como um marco na psicodelia brasileira, o selo Média4Music lança-o pela primeira vez em vinil, numa tiragem limitada, esgotando-se rapidamente.

Em 2017, a banda chega ao seu aguardado quarto álbum, Brejo, um disco que, assim como o Sine Diabolo Nullus Deus, traz uma carga emocional forte e bastante pessoal para o compositor e líder João Paulo.

Em 2019, com o retorno do baixista Junior Bocão e do baterista Hélio Pisca, a banda revive a formação que gravou o Volume 3.


Ouça o álbum



Fonte: Assessoria

Todos os direitos reservados
- 2009-2024 Press Comunicações S/S
Tel: (82) 3313-7566
[email protected]