Wagner Moura conquistou fama internacional em 2007 com o filme "Tropa de Elite", voltou em 2010 com a continuação do longa e, no ano passado, conquistou Hollywood com sua atuação em "Elysium". Mas, embora tenha conseguido seu espaço fora do Brasil, o ator disse em entrevista à revista "Status" de março que prefere atuar em terras brasileiras.
"Não sou um ator muito requisitado nos EUA. Recebo propostas, mas não aceitei nenhuma depois de 'Elysium'. Ainda assim, Hollywood me interessa, mesmo sendo um mercado onde eu não tenho valor comercial", comenta o ator, que continua: "Prefiro rodar filmes que fazem sentido para mim no Brasil do que deixar que me transformem em algo que não sou em Hollywood".
O último trabalho do ator foi no filme "Praia do Futuro", pelo qual concorreu ao prêmio de melhor ator na 64ª Berlinale, na Alemanha. No longa, Wagner interpreta um personagem que se envolve com outro homem e faz um nu frontal. "O nu tinha de acontecer em alguma cena. Como eu estava nu no quarto com Clemens (Schick, ator alemão que interpreta seu companheiro), ser filmado de frente me pareceu natural naquele contexto", afirma sobre o filme, que estreia em maio nos cinemas brasileiros.
"O fato de o personagem ser homossexual não fez diferença. A minha relação com o ator Jesuíta Barbosa, que vive o irmão mais novo do meu personagem, foi muito mais árdua, dolorosa e complicada do que as cenas com Clemens", completa.
"Praia do Futuro", quinto longa do diretor Karim Aïnouz, traz no elenco, além de Moura, Jesuíta Barbosa e Clemens Schick, reconhecido ator alemão. Na trama, Donato (Wagner Moura), um experiente salva-vidas na Praia do Futuro, em Fortaleza, conhece o alemão Konrad (Clemens Schick), após fracassar pela primeira vez em um resgate.
Fonte: Flashland