O Banco do Nordeste (BNB) contabilizou R$ 2,5 bilhões em créditos nas regiões do agreste e sertão de Alagoas, nos últimos dois anos. Em 2023, R$ 800 milhões foram financiados para as obras de saneamento de municípios incluídos naquelas áreas, ainda em curso. Já os demais setores econômicos contrataram, ano passado, cerca de R$ 1 bilhão com o BNB, representando crescimento de 25% no comparativo com o ano anterior.
Os dados serão destacados nesta quarta-feira, 24, durante o do 4° Seminário de Carcinicultura do Agreste Alagoano, em Arapiraca, em que o banco estará presente com atendimento aos produtores e disponibilização de suas linhas de crédito para a atividade.
De acordo com o gerente executivo da Superintendência Estadual do BNB em Alagoas, Eduardo Fraga, que representará a instituição na abertura do evento, além do apoio do BNB à aquicultura (criação de animais aquáticos) e, em especial, à criação de camarão em cativeiro, que tem se desenvolvido bastante naquela região, vale ressaltar a importância do banco para impulsionar as diversas atividades econômicas do agreste e sertão. "São regiões em franca expansão e o banco participa com o crédito indutor do crescimento, por meio, principalmente, dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), com aportes crescentes de valores que beneficiam tanto o trabalhador informal, o agricultor familiar, até grandes empresas e indústrias", esclarece.
Em 2024, R$ 355 milhões foram financiados para a pecuária, R$ 72 milhões para agricultura, R$ 240 milhões para comércio e serviços, R$ 24 milhões para indústria, R$ 5,5 milhões para agroindústria, além de cerca de R$ 270 milhões para o microcrédito urbano. Estes últimos, contratados por meio do Programa de Microcrédito Produtivo Orientado do BNB, o Crediamigo, que atende microempreendedores individuais e pessoas físicas que estão no mercado formal ou informal.
Aquicultura
No caso da aquicultura, o BNB apontou que, a partir de 2023, houve aumento na demanda por crédito em Alagoas, em especial, na região do agreste. Naquele ano, o valor financiado para a atividade cresceu mais de três vezes em relação a 2022, passando de cerca de R$ 600 mil a uma média de R$ 1,6 milhão por ano, até 2024. A participação da carcinicultura nesses financiamentos também tem evoluído, atingindo, respectivamente, 33%, 55,6% e 60,5% do crédito destinado à aquicultura, nos anos de 2022, 2023 e 2024.
O gestor enfatiza que a atividade de carcinicultura requer, normalmente, custo elevado com energia, já que a água precisa ficar oxigenada por meio de equipamento que consome o insumo 24 horas. "Com o financiamento do BNB voltado à implantação de sistemas de geração de energia solar, os produtores estão conseguindo tornar mais viável a produção", afirma.
SERVIÇO:
4° Seminário de Carcinicultura do Agreste Alagoano
Data: 23 a 25 de abril
Local: Sesc Arapiraca
Fonte: Assessoria