A Eletrobras Distribuição Alagoas divulgou nesta sexta-feira (19), o seu Relatório de Administração e suas Demonstrações Financeiras, referentes ao ano de 2012. Pelo balanço da empresa, a Receita Operacional Líquida registrou uma evolução de 26%, em relação ao ano anterior, considerando um aumento de aproximadamente R$ 210 milhões.
O crescimento da receita se deu, entre outros fatores, pela elevação do consumo de energia, que alcançou o percentual de 12,7%, se comparado a 2011. Alagoas recebeu 34.979 novos consumidores no ano passado, somente no mercado cativo - formado por consumidores que têm a empresa como único fornecedor. Com isso a empresa fechou o ano de 2012 com 949.822 consumidores, 3,8% a mais que em 2011.
As ações de recuperação de perdas, com redução de quase 3%, em relação a 2011; o recadastramento dos pontos de iluminação pública, a entrada de novas unidades industriais e o reajuste tarifário de 9,2%, também impactaram para o resultado positivo da distribuidora de Alagoas.
INVESTIMENTOS
Em 2012, os investimentos realizados pela Companhia passaram de R$ 104 milhões. Do total, mais de R$ 15 milhões foram aplicados no Programa Luz para Todos; cerca de R$ 63 milhões na ampliação da rede e manutenção do sistema de distribuição; quase R$ 14 milhões na adequação do sistema de comercialização e distribuição; e mais de R$ 12 milhões na manutenção e adequação de bens móveis, imóveis, equipamentos, e ativos de informática, informação e teleprocessamento.
Contudo, o prejuízo da empresa foi de R$ 83,8 milhões, 73% a mais que em 2011. O principal motivo foi o aumento das despesas com compra de energia, que representam 51% do total dos gastos da empresa. Esse custo passou de R$ 345 milhões para R$ 446 milhões, um crescimento de 29%. Essa variação foi conseqüência, principalmente, da utilização das térmicas, devido à baixa vazão dos reservatórios das hidrelétricas.
A forte estiagem, maior dos últimos 40 anos, se iniciou de forma intensa em outubro do ano passado e afetou diretamente os valores da compra em curto prazo no período de exposição, uma vez que o custo médio do MWh sofreu aumento substancial, em relação à sua média histórica e ao que se previa desde o começo de 2012.
O maior impacto para a empresa se deu no último trimestre do ano passado. Nesse período, normalmente se investiria cerca de R$ 8 milhões em compra de energia, mas por conta da estiagem esse custo subiu para R$ 68 milhões, devido à compra adicional. O efeito da seca, considerado um fenômeno, comprometeu o lucro da maioria das distribuidoras de energia do País.
A Eletrobras tem feito estudos para observar como o mercado irá se comportar esse ano, bem como os efeitos climáticos e a MP 579 poderão influenciar no comportamento da empresa. A previsão é de que poderá haver mais aumento nas despesas com compra de energia, porém a empresa tem aplicado novas ferramentas de gestão a fim de alcançar um crescimento sólido e sustentável.
Fonte: Ascom Eletrobras/AL