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18/11/2015 às 13h29

Esporte

Por apropriação de CTs do Mogi Mirim, Rivaldo é processado por sócios do clube

Ex-presidente do Mogi Mirim alegou dívida do clube com ele para se apropriar de CTs avaliados em mais de R$ 6 milhões

Aposentado dos gramados e não mais presidente do Mogi Mirim, Rivaldo está sendo processado pela apropriação de dois centros de treinamentos do clube. Henrique Peres Stort, Ivan Benedito Bonatti e Alceu Carlos dos Santos, sócios do Mogi Mirim, entraram com um pedido de liminar na Vara Cível de Mogi Mirim no dia 5 de novembro em que solicitam a anulação do negócio que levou Rivaldo a tomar posse de CTs em Mogi Guaçu e Limeira avaliados em mais de R$ 6 milhões. 
 
Quando deixou o clube em julho deste ano, Rivaldo alegou que usou dinheiro do próprio bolso para arcar com despesas do Mogi Mirim no período em que foi presidente (entre 2008 e julho de 2015). Ele julga que pelo fato de o clube estar em dívida com ele, seria justo que a propriedade do clube fosse repassada a ele como pagamento de tal dívida. 
 
No processo, os sócios do Mogi Mirim questionam a atitude de Rivaldo por considerá-la fruto da má gestão do ex-jogador a frente do clube. "Por vários aspectos jurídicos, como por exemplo o Rivaldo ser gestor do clube e ele ficar deficitário. E daí ele como pessoa física injetar dinheiro no time e depois devolver para ele o patrimônio do time para pagamento dessas dívidas, esse acordo é nulo", disse Renato Franco de Campos, advogado dos sócios na ação. 
 
Em outubro de 2008, quando Rivaldo assumiu o Mogi Mirim, a dívida do clube era avaliada em R$ 1,8 milhões. Na época, o advogado de Rivaldo, Wilson Bonetti, assinou um documento em que o ex-jogador se comprometia em assumir a dívida e não dilapidar o patrimônio do Mogi Mirim. Hoje, a dívida estimada do Mogi Mirim é de R$ 12.560.087,09.
 
Além de Rivaldo, sua esposa Eliza Kaminski Ferreira, seus advogados Wilson Bonetti e Arnaldo Bonetti e o próprio Mogi Mirim são réus no processo. Eliza era vice-presidente do clube. Rivaldinho, filho do casal e jogador do clube, era presidente do conselho deliberativo. Desde agosto o Mogi Mirim é controlado pelo grupo de investimentos português, Big. 
 
Todos os réus serão notificados, vão apresentar a defesa e a contestação à Vara Cível de Mogi Mirim. Em seguida uma audiência será marcada para ouvir testemunhas. Há também o pedido formal para uma perícia contábil das finanças do Mogi Mirim. A intenção dos sócios do clube é que se conheça como a dívida do clube saltou tanto nos anos da gestão de Rivaldo. 
 
Em agosto, Rivaldo concedeu entrevista coletiva em Mogi Mirim e disse que se alguém o processasse, o Mogi Mirim fecharia as portas. A equipe está rebaixada para a Série C do Brasileirão um ano depois do acesso. Em 2016 disputará a primeira divisão do Paulistão pela oitava temporada seguida.  
 
"Se alguém me colocar na Justiça, digo que o Mogi tem chance de fechar as portas ainda neste ano. Nem mesmo os portugueses vão querer ficar mais aqui. Essa história do CT cansa. O Mogi Mirim pode utilizar lá para treinar a hora que quiser, mas se alguém me questionar sobre isso na Justiça, vou lá e fecho as portas do CT. Querem processar, processe, mas adianto que não vão encontrar nada de errado. Minha vida é correta e ninguém vai sujar a minha imagem", disse Rivaldo há três meses.
 
Os sócios do Mogi Mirim já obtiveram uma vitória. Conseguiram inscrever na matrícula do CT no Cartório de Registro de Imóveis de Mogi Mirim que sua situação da área pode ser irregular. Assim, um eventual comprador saberá que se a Justiça mandar reaver o terreno para o clube, sairá no prejuízo. 
 
Na última terça-feira, procurado pelo iG para comentar o processo, Rivaldo preferiu não se pronunciar. Marli, sua secretária, disse que ele se recupera de cirurgia e por isso não está concedendo entrevistas. "Ele não tem nada a declarar", comentou.

Fonte: iG

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