Estudantes de Direito participaram do 1º Seminário Internacional do mestrado em Direito da Ufal, organizado pelo Programa de Pós-graduação da Faculdade de Direito (PPGD), realizado no auditório da reitoria, na manhã desta segunda-feira (22). Na mesa de abertura estavam os professores Maria da Graça Gurgel, George Sarmento e Elaine Pimentel, da Faculdade de Direito; Aruã Lima, da Assessoria Internacional, e o conferencista convidado, Norbert Rouland, da Université Paul Cézanne Aix-en-Provence, na França.
Norbert Rouland expôs algumas conquistas das mulheres francesas após a Revolução iniciada em 1789, mas destacou que apesar de alguns avanços, como o direito ao divórcio, o papel das mulheres continuou ligado às atividades domésticas. "Mulheres que ousaram reivindicar uma representação maior no espaço público foram reprimidas ou até mesmo guilhotinadas, como aconteceu com a feminista Olympe de Gouges", destacou o professor.
O pesquisador francês destacou que, infelizmente, a violência doméstica ainda é uma realidade na França e essa é a maior motivação para o pedido de divórcio de iniciativa das mulheres. "Atualmente, na França, morre uma mulher a cada três dias, vítima de violência doméstica", denunciou Norbert Rouland. É uma situação inaceitável, independente de estatística, mas é preciso destacar que, segundo o Mapa da Violência Contra a Mulher, divulgado em novembro de 2015, no Brasil morrem 13 mulheres por dia, vítimas da violência doméstica. Uma mulher é morta a cada duas horas.
O debate continua
O 1º Seminário Internacional do mestrado em Direito da Ufal tem o objetivo de promover a internacionalização do Programa e discutir a antropologia jurídica francesa e sua recepção na pesquisa brasileira. Mais uma edição do debate será realizada no dia 29, na Aliança Francesa, às 18h30. Os debatedores serão os professores Gustavo Madeiro (Feac), Maria da Graça Gurgel (FDA) e Alessandra Marchioni (FDA). As inscrições podem ser feitas aqui.
Fonte: Ascom Ufal