Com dados coletados por técnicos da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) nos municípios do Sertão do Estado, teve início o projeto de análise espacial e temporal da paisagem e incidência da cochonilha-do-carmim. A pesquisa é desenvolvida por um grupo acadêmico do Cesmac em parcerias com a Embrapa/ Tabuleiros Costeiros e Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente da Ufal.
O projeto, que teve início em julho passado e segue até agosto de 2017, tem o objetivo de caracterizar as lavouras de palmas existentes em Alagoas que são susceptíveis à incidência da cochonilha do carmim por meio do uso de geotecnologias.
Outras atribuições são: avaliar a sazonalidade da praga nas áreas de intensa atividade agrícola da palma forrageira pela presença de insetos capturados e dados meteorológicos; mapear áreas da cochonilha correlacionando com dados de variações climáticas e a determinação do grau de intensidade das áreas mapeadas por meio de sistemas de informações geográficas.
Com isso, o estudo será conduzido com a utilização de dados dos levantamentos ou inventário das amostragens da cochonilha em áreas agrícolas com cultivo da palma forrageira realizados pela Adeal.
A partir dos dados levantados, serão gerados mapas de ocorrência da praga com a possibilidade de gerar mapas de previsão de ocorrência para os próximos anos em todo o Estado de alagoas.
Para identificação das lavouras de palmas na região da Bacia Leiteira e Semiárido alagoano serão utilizadas imagens de satélite com resolução espacial adequada a escala adotada no presente estudo.
Por fim, serão realizadas incursões em campo para aferir o resultado do mapeamento das áreas de palmas e coletado amostras a fim de determinar o grau de intensidade de ocorrência da cochinilha carmim e, por conseguinte, o seu nível de vulnerabilidade fitossanitária.
“É de grande importância esta parceria da Adeal com a pesquisa, tendo em vista que esses dados de campo, que foram gerados ao longo de vários anos, serão analisados cientificamente e poderão trazer informações para o desenvolvimento de ações na cultura da palma no âmbito da defesa vegetal, pesquisa e assistência técnica”, afirmou Maria José Rufino, chefe do Núcleo de Defesa Vegetal da Adeal.
Fonte: Agência Alagoas