Dólar com. 5.233
IBovespa 0.58
18 de abril de 2024
min. 23º máx. 32º Maceió
chuva rápida
Agora no Painel Delegado diz que hora da morte de idoso não altera crime em banco
19/09/2018 às 19h30

Geral

Viúva de Marielle vai à ONU denunciar falta de respostas sobre crime

A viúva de Marielle Franco, Mônica Benício, reuniu-se hoje (19), em Genebra, na Suíça, com a alta comissária adjunta da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Kate Gilmore, e com a relatora especial da ONU para Execuções Sumárias, Agnes Callamard, para denunciar a falta de respostas sobre o assassinato da vereadora. No último dia 14, completaram-se seis meses da execução de Marielle e do motorista Anderson Gomes.

Mônica está na Suíça acompanhada de representantes da Redes da Maré, Observatório da Intervenção, Anistia Internacional, e Conectas Direitos Humanos.

“Em reunião com a ONU, após mais de seis meses sem respostas, denuncio o descaso do governo brasileiro na ausência de justiça frente à execução política de Marielle. Também solicitei apoio internacional, para uma investigação imparcial e sigo afirmando que as autoridades brasileiras estarão com as mãos sujas de sangue até que respondam quem matou e quem mandou matar minha companheira Marielle Franco”, afirmou, em nota, Mônica Benício.

De acordo com as entidades, Kate Gilmore expressou sua solidariedade à viúva de Marielle e se propôs a estabelecer uma interlocução com o Brasil sobre o crime e a situação dos defensores de direitos humanos no país.

Ainda segundo a nota, a relatora da ONU para Execuções Sumárias também manifestou solidariedade à Mônica Benício e “preocupação com a escalada na violência no contexto da militarização da segurança pública no Brasil”.

Nas reuniões, o grupo ainda denunciou violações de direitos no contexto da militarização da segurança pública no Brasil e o aumento dos homicídios provocados pela polícia, informaram as organizações de direitos humanos.

“As denúncias que trouxemos para o Conselho de Direitos Humanos sobre as violações de direitos no contexto da intervenção federal e a falta de respostas sobre o assassinato de Marielle já foram feitas no Brasil. Mas as autoridades brasileiras parece que não estão ouvindo. Falharam em solucionar o caso da Marielle e não implementaram qualquer medida para reduzir os homicídios pela polícia. Diante deste quadro, a mobilização e visibilidade internacional é essencial. E é isso que estamos fazendo aqui”, disse, em nota, Renata Neder, coordenadora de pesquisa da Anistia Internacional Brasil.

Um dia depois do assassinato de Marielle, o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos classificou como “profundamente chocante” o assassinato da vereadora.

No dia 26 de março, especialistas da ONU ligados a questões de direitos humanos e de gênero divulgaram comunicado no qual consideraram “profundamente alarmante” o assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes.

Em nota, o Itamaraty informou que o Ministério das Relações Exteriores não se manifestará sobre esse tema.


Fonte: Agência Brasil

Todos os direitos reservados
- 2009-2024 Press Comunicações S/S
Tel: (82) 3313-7566
[email protected]