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11/01/2019 às 21h50

Geral

Sesau alerta sobre a importância de cuidar da saúde mental

Janeiro Branco foca na reflexão acerca de condições existenciais Foto: Carla Cleto

Para lembrar a população de cuidar não só da saúde física, mas, também, da mental, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) alerta sobre a importância de fortalecer o conceito do autoconhecimento e da atenção às emoções, conforme prevê a Campanha Janeiro Branco, uma vez que, durante este mês, as pessoas estão mais focadas em resoluções e metas para o ano novo.

Isso porque, historicamente o primeiro mês do ano é carregado de simbolismos e características culturais que proporcionam uma maior reflexão acerca de condições existenciais, novos projetos e disposições para a vida, instigando as pessoas ao maior cuidado com o seu bem-estar psíquico. Por esta razão, a psicóloga da Sesau, Laeuza Farias, explica que a proposta do Janeiro Branco é construir uma cultura de saúde mental e desmitificar também a visão de que “alguém só vai à consulta com o psicólogo ou psiquiatra se estiver maluco”.

Segundo ela, qualquer pessoa pode precisar do apoio, do auxílio e do acolhimento de um desses profissionais em um determinado momento da vida. “O preconceito ainda existe? Sim. Mas, hoje em dia, apesar de haver a discriminação, existe a coragem de muitas pessoas buscarem um profissional para se cuidarem. Isso já é um sinal positivo da evolução do conceito de saúde mental”, destacou.

“Precisamos dizer que saúde mental é um assunto de todos nós e que merecemos nos cuidar tanto no aspecto físico como no emocional. Porque sabemos que a emoção adoece o físico. Muitas das doenças que estão sendo geradas são causadas por situações no âmbito emocional. É um sofrimento contínuo que, se não for bem tratado, vai cronificando conforme o tempo vai passando. A pessoa entra num ciclo vicioso e, por sua vez, não consegue rompê-lo. Resultado: o corpo fala e se expressa através de sintomas”, informou Laeuza Farias.

Ainda de acordo com a psicóloga da Sesau, o uso das redes sociais, a exemplo do Instagram, tem potencializado as taxas de depressão e ansiedade na população, visto que, a busca doentia por “likes” e comentários, tem transformado as pessoas em reféns de suas próprias mentiras.

“Há pessoas tão preocupadas em se mostrar bem e agradar, que acabam perdendo o foco de si mesmas. São tantas que vivem iludidas por espelhos de pequenas ilusões, perdendo a noção da realidade, que já não conseguem viver sendo verdadeiros, leais, honestos consigo mesmo e com os outros. E existe uma cobrança coletiva por baixo disso. Somos cobrados pelo sucesso alheio e incentivados a sermos iguais. Mal sabemos que, em algumas situações, por detrás de uma foto postada, quase sempre há máscaras. Quase sempre há pessoas com a alma ferida, tentando se mostrar fortalecidas”, esclareceu.

E, apesar de ter avançado largamente nos últimos anos, com maior difusão do assunto e melhoria das formas de acesso a tratamentos, a cultura da saúde mental ainda é bastante subdesenvolvida, em vista dos altos índices de depressão, suicídio, transtornos causados por estresse, traumas e ansiedade, entre outros fatores. Para a especialista da Sesau, a falta de esclarecimento e, muitas vezes, falta de humanidade para respeitar e reconhecer a dor do outro, é um dos caminhos que precisam ser percorridos para que sejam derrubados os tabus e os preconceitos.

“O preconceito e a banalização com que o tema tem sido tratado, nos faz perder vidas. É preciso que a sociedade compreenda esse assunto, pois estamos pagando um preço muito alto por esse desamparo. Além disso, é necessário desenvolver, aprofundar e disseminar a psicoeducação em todos os âmbitos da sociedade”, orientou a psicóloga da Sesau.

Conforme Laeuza Farias, não é preciso esperar a doença se instalar para buscar um profissional. O ideal é identificar, antecipadamente, uma situação de risco e procure ajuda. “O sinal amarelo é quando o transtorno mental começa a afetar a vida social. A psicoterapia contribui não só com a prevenção e a cura de agravos de saúde, como também traz mais qualidade de vida para as pessoas que realizam o tratamento”, salientou, ao informar que o Janeiro Branco foi idealizado em 2014, pelo psicólogo brasileiro Leonardo Abrahão, em Uberlândia (MG).

Caps – Ainda de acordo com a psicóloga da Sesau, em Alagoas há uma Rede de Saúde Mental que pode atender pessoas que necessitem de atenção psicossocial. Para isso, basta se dirigir a um dos 58 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), onde o usuário tem o apoio de uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, assistentes sociais e enfermeiros. Em Maceió, a população dispõe de cinco Caps, localizados nos bairros Jacintinho, Farol, Jatiúca, Chã de Bebedouro e Serraria.


Fonte: Assessoria

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