Dólar com. 5.1182
IBovespa 0.58
26 de abril de 2024
min. 23º máx. 32º Maceió
chuva rápida
Agora no Painel Tribunal de Justiça de Alagoas integra Conselho Estadual do Alagoas Sem Fome
05/12/2019 às 23h00

Geral

Quatro doenças fatais transmitidas por água e alimentos

Existem alguns parasitas e bactérias patogênicas que podem causar efeitos catastróficos no organismo

Provavelmente, em algum momento, já deve ter passado por uma intoxicação alimentar, uma virose e até uma infecção por um parasita. Apesar de provocarem um intenso mal-estar, vômitos e diarreia, muitas dessas doenças passam rapidamente com uma dieta leve e hidratação adequada - porém, existem outras condições que simplesmente podem ser descritas como absolutamente horríveis.

Existem alguns parasitas e bactérias patogênicas que podem causar efeitos catastróficos no organismo. O que há de comum em todos estes casos é que esses microorganismos são transmitidos por água ou alimentos contaminados.

Por isso é extremamente importante ter cautela com aquilo que escolhe comer e beber. A publicação Science Daily divulgou uma lista de doenças graves que podem ocorrer devido à ingestão de substâncias danosas:

1 – Amebíase: 'explode' os intestinos

A amebíase é semelhante à diarreia do viajante (que é bacteriana, sendo muito comum em turistas que visitam países como a Índia e a Indonésia). Porém, a amebíase é muito pior. Assim como a diarreia, adquirimos a amebíase ao comer ou beber algo contaminado com material fecal.

Esta doença é causada por uma ameba chamada E. histolytica, que entra no trato digestivo como um minúsculo ovo. A passagem pelo ambiente ácido do estômago induz a sua transformação já no intestino numa forma amébica que rapidamente se divide em oito trofozoítos, também amébicos. Neste ponto, atacam a mucosa que reveste os órgãos e podem chegar a 'cavar' a parede intestinal, onde começam a secretar enzimas que quebram as proteínas do tecido.

Uma vez que a parede intestinal é suficientemente dissolvida, as amebas alimentam-se do muco resultante e começam a reproduzir-se, propagando-se rapidamente. A doença pode ser branda ou extremamente dolorosa quando o quadro se complica, sendo responsável por cerca de 100 mil mortes no mundo inteiro. A patologia é tratada com antibióticos.

2 – Ciguatera: o mal que vem dos peixes

A ciguatera é uma forma de intoxicação alimentar provocada pelo consumo de peixes que tenham bioacumulado a ciguatoxina. Essa substância é produzida por um tipo de plâncton chamado dinoflagelado, que serve de alimento para outros seres marinhos e consequentemente para os peixes.

Após comer um peixe contaminado, a toxina começa a fazer efeito após duas horas, manifestando-se através de náuseas e cólicas. Algumas vezes, a intoxicação não passa disso e a pessoa tem uma recuperação rápida. Contudo, se o contaminado tiver um organismo mais suscetível, a toxina pode migrar para o sistema nervoso, causando tonturas, formigueiro e falta de ar.

Também pode ocorrer taquicardia, além da falha geral dos processos neurológicos. Um dos exemplos de sintomas mais estranhos que esta doença causa é uma reversão da percepção de quente e frio. O que é gelado vai parecer que queima e vice-versa.

3 – Criptosporidiose: corrói os intestinos

A criptosporidiose é uma infecção parasitária geralmente transmitida por água contaminada e alimentos não higienizados corretamente. A doença é causada pelo protozoário do filo Apicomplexa, género Cryptosporidium, e aloja-se no sistema digestivo. Os protozoários entram no corpo como cistos microscópicos que depois eclodem nos intestinos.

Lá, instalam-se entre as vilosidades — que são como uma 'floresta' de pequenos tentáculos, semelhantes a dedos, que revestem o interior do intestino e absorvem os nutrientes dos alimentos. A partir desse alojamento, os protozoários começam a corroer esse tecido, que acaba por se tornar 'liso', provocando diarreia intensa e perda das enzimas digestivas.

Em pessoas com a imunidade normal a doença pode ter efeito brando, se manifestando como uma gastroenterite com vômitos e diarreia, e a cura ocorre de modo espontâneo. O problema é quando a doença ataca pessoas com a imunidade baixa. Nesses indivíduos, a infecção é bem mais violenta e pode levar à morte.

4 – Criptococose: fungos no cérebro

Caso precisasse de um motivo para lavar frutas e legumes antes de os comer, aqui está. O Cryptococcus neoformans é um fungo encontrado em todo o mundo na própria terra, mas também é bem conhecido como o fungo do pombo, que é um transmissor em potencial.

O fungo entra no corpo através do sistema respiratório, enviando uma nuvem de basidiósporos para os pulmões e vias nasais. A doença começa a manifestar-se com uma tosse seca, seguida de febre e algumas das dores de cabeça mais intensas da sua vida. Em seguida, o fungo espalha-se e liberta toxinas na corrente sanguínea. 

Após algum tempo, o fungo propaga-se até ao sistema nervoso central, criando leveduras ao longo da medula espinhal que tecem o seu caminho até ao tronco cerebral. Ali, o fungo espalha-se ao longo das meninges, as finas camada de tecido que recobrem o cérebro. Com isso, a infecção afeta os processos neurológicos, produzindo alucinações, fotofobia, náuseas e encefalite.


Fonte: Notícias ao Minuto

Todos os direitos reservados
- 2009-2024 Press Comunicações S/S
Tel: (82) 3313-7566
[email protected]