Dólar com. 5.1151
IBovespa 0.58
26 de abril de 2024
min. 23º máx. 32º Maceió
chuva rápida
Agora no Painel Tribunal de Justiça de Alagoas integra Conselho Estadual do Alagoas Sem Fome
26/02/2020 às 15h27

Geral

Coronavírus: ministro da Saúde descarta restrição a voos e cruzeiros

Fechamento de fronteiras não é eficaz, afirma Mandetta

José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, descartou a hipótese de o Brasil limitar o ingresso de estrangeiros no Brasil como forma de tentar dificultar a disseminação do vírus SARS-CoV-2, causador do novo coronavírus (Covid-19).

“Não vamos fazer nenhum tipo de interrupção de voos porque não há nenhuma eficácia nisto”, disse o ministro, ao confirmar hoje (26) o primeiro caso de infecção pela doença no Brasil. O paciente é um homem de 61 anos, morador da cidade de São Paulo, que, provavelmente, contraiu o vírus ao viajar para a Itália, entre os dias 9 e 21 de fevereiro.

“Perguntaram-me por que não fechar [as fronteiras]. Isto não existe. Não tem eficácia nenhuma. Esta é mais uma gripe que a humanidade vai ter que atravessar. Das gripes históricas, esta tem letalidade menor e tem uma transmissibilidade similar à de determinadas gripes que a humanidade já superou”, acrescentou o ministro. “Nosso sistema já passou por epidemias respiratórias graves, como a do H1N1, e vamos atravessar mais esta situação investindo em pesquisa e na clareza de informações.”

Desde ontem (25), quando o Ministério da Saúde tornou público que os primeiros exames clínicos a que o paciente foi submetido tinham acusado positivo para Covid-19, internautas começaram a usar as redes sociais para pedir mais rigor no controle de entrada de estrangeiros e brasileiros vindos do exterior.

Segundo o ministro, que é médico, as formas mais eficazes de o país evitar a disseminação da doença são dotar a rede de saúde nacional da capacidade de identificar e testar os casos suspeitos rapidamente, e, em caso positivo, adotar os procedimentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo ministério. Além disso, a população deve intensificar os cuidados recomendados para qualquer tipo de gripe, como evitar aglomerações desnecessárias.

“O brasileiro precisa aumentar o número de vezes que lava as mãos e o rosto com água e sabão ao longo do dia. Este é um hábito extremamente importante, não só para evitar problemas respiratórios, mas também outras doenças”, afirmou o ministro, recomendando que as pessoas também evitem compartilhar copos e outros utensílios que possam transmitir o vírus por meio da saliva.

Mandetta mencionou a intenção de iniciar pela Região Sul a campanha de vacinação contra a gripe, realizada todos os anos. Segundo o ministro, as vacinas recomendadas para este ano deverão estar disponíveis em meados de março, começo de abril. De acordo com o ministro, a vacina ajudará a proteger as pessoas dos vírus que circulavam no território brasileiro até novembro ou dezembro do ano passado, quando os novos lotes começaram a ser produzidos. Fora isto, Mandetta lembrou que não há, hoje, nenhum medicamento específico contra o coronavírus.

“Não existe um medicamento específico. O arsenal [medicamentoso] é, basicamente, de suporte e [a rede pública de saúde] será devidamente abastecida”, acrescentou o ministro, assegurando que o governo também distribuirá equipamentos de proteção individual (EPIs) para os governos estaduais redistribuírem a seus profissionais de saúde e já providenciou a licitação para, em caso de necessidade, alugar mil leitos hospitalares da rede privada.


Fonte: Agência Brasil

Todos os direitos reservados
- 2009-2024 Press Comunicações S/S
Tel: (82) 3313-7566
[email protected]