A polícia recolheu ontem para análise o computador da mulher encontrada morta em Mairiporã (Grande São Paulo) no sábado (14), sem os olhos e sem a pele do rosto.
Segundo a delegada Cláudia Patrícia Dalvia, responsável pelo caso, o objetivo é tentar encontrar pistas sobre o crime.
Seu marido, José Pereira Guabiraba, um dos diretores do departamento comercial do Grupo Estado, disse à polícia que nos últimos dias ela estava passando muito tempo na internet. A delegada afirmou que vai pedir perícia técnica para tentar descobrir por quais sites a mulher navegou.
O corpo da dona de casa Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba, 54, foi encontrado ao lado de seu carro na altura do km 8 da estrada Santa Inês. O local é um ponto de trabalhos religiosos conhecido como Pedra da Macumba.
A mulher estava sem documentos ou celular, e só foi identificada após a polícia acionar familiares a partir da placa do carro.
Hoje, investigadores estiveram no apartamento do casal, na zona norte de São Paulo, e conversaram com vizinhos. Amanhã devem ser recolhidas as imagens das câmeras de segurança do prédio --a polícia quer saber se ela deixou o local acompanhada.
A delegada disse que já analisou as últimas ligações de seu telefone, mas não encontrou nenhum número suspeito.
Emocionalmente abalado, o marido ainda não prestou depoimento formal, mas já conversou com a delegada. Ele disse que tomou remédio para dormir na sexta e que não viu a mulher sair, mas acredita que ela deixou o prédio por volta das 23h30.
Segundo afirmou, Geralda já sofreu com depressão.
A delegada deve ouvir familiares, amigos e funcionários do prédio nesta semana, e aguarda um laudo do IML sobre a causa da morte, que deve demorar cerca 20 dias.
O enterro da vítima foi realizado ontem no cemitério Parque da Cantareira, na zona norte. Ela deixou um casal de filhos.
Fonte: Folha.com