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22/06/2021 às 16h00

Geral

Madonna Della Corona: a santa no coração da montanha

Um passeio panorâmico e místico e uma experiência árdua recompensada pelo esplendor do lugar

Reprodução

Por Dora Nunes, de Spiazzi, Itália

O Santuário da Madonna Della Corona é uma das mais belas basílicas da Itália. Suspenso entre o céu e a terra, a 773 mts de altura, é esculpido numa das encostas do Monte Baldo, em Spiazzi, na Provincia de Verona, no norte italiano. A íngrime subida para se chegar ao local, tolhe o folêgo dos peregrinos, não apenas pelos mais de 1500 degraus que formam o “Sentiero dei Pellegrini”, mas pela paisagem do bosque que circunda a belíssima igreja. Antigamente, a trilha dos pelegrinos era a única forma de alcançar o local, mas atualmente também é possível chegar de carro, entretanto, o que se ganha em comodidade, perde-se em misticismo e encanto.

A trilha a pé tem 8 km de distância e segue por um caminho que parte da pequena localidade de Brentino e que ascende ao bosque com uma desnível de cerca de 600 metros, em quase duas horas de caminhada. A histórica "Trilha dos Peregrinos" é um dos itinerários mais bonitos e populares da região de Verona, tanto pelos aspectos paisagísticos como por uma verdadeira Via Crucis, com as paradas evocativas aos mistérios do Rosário. Se o Santuário é um dos mais medidativos, o caminho permite chegar da maneira mais contemplativa e espiritualizada à Basílica, seguindo a mesma estrada percorrida por peregrinos durante séculos, em comunhão com a natureza e carregada de simbologia e fé. 

A tradição diz que o nascimento do Santuário da Madonna della Corona foi em 1522, ano em que a escultura da Santa foi milagrosamente transferida por intervenção angelical da ilha de Rodes, invadida pelo exército muçulmano de Suleiman II, mas a data vem negada posteriormente pela existência, no atual Santuário, de uma pintura do século XIV de uma Santa com o filho, que foi a primeira imagem venerada na igreja original, que dela tirou o nome. 

Documentos medievais atestam que por volta do ano 1000 naquela Zona do Monte Baldo já viviam eremitas ligados à Abadia de San Zeno, em Verona, e que pelo menos a partir da segunda metade do séc. XII existia um mosteiro e uma capela dedicada a S. Maria di Montebaldo, acessível através do estreito e perigoso caminho no meio da rocha. 

A basílica atual foi projetada em 1974 pelo arquiteto Guido Tisato com intervenção global que incluiu a demolição da igreja existente, a conservação das partes mais válidas e significativas e a construção de uma estrutura maior. A demolição e reconstrução do Santuário foram realizadas de 1975 a 1978 e em 4 de junho de 1978, o Bispo Giuseppe Carraro prosseguiu com a idealização do novo Santuário e do novo altar. 2021 marcou o 33º aniversário da histórica visita do mais ilustre peregrino ao Santuário de Nossa Senhora da Coroa, o Papa João Paulo II, em 17 de abril de 1988. 

Uma curiosidade agradável para nós brasileiros, é a presença de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida em um dos pequenos altares da Igreja.

Serviço

A rota para chegar ao Santuario começa pela escadaria pavimentada na cidade de Brentino, a 170 km de Milão. A escadaria entra no mato até chegar à cruz de concreto e à primeira estação da Via Crucis. A estrada segue até a “Ponte del Tiglio” datada do sec. XVII, depois continua ao lado do Vale do Adige pelos degraus finais esculpidos na rocha tornando-se cada vez mais alto e panorâmico, com uma vista esplêndida das paredes rochosas e do próprio Santuário. A melhor época para realizar a caminhada são os meses de baixa temporada. 


Fonte: Painel Alagoas

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