Por Felipe Camelo
Todos sabemos que o litoral norte de Alagoas vem se desenvolvendo com o Turismo, força da Economia que gera qualificação de mão de obra, emprego e renda, não só para os Portopedrenses mas para toda a região da Rota Ecológica. Principalmente Porto de Pedras, que além das inegáveis belezas naturais, sua gastronomia é forte atrativo.
Quando cheguei em dezembro, entre as novidades, Simoni Gonçalves de Oliveira, que veio conhecer a região, se apaixonou, e aqui ficou, trazendo as 2 filhas, Maria Luiza e Gabriela e o genro, Mateus Franco, além das panelas, caçarolas e alguns temperos típicos da deliciosa cozinha das Minas Gerais. Em Ipatinga, fez sucesso por 10 anos no seu Páprica Artesanal, até ser conquistada por Porto de Pedras.
Aqui, “a paz foi o sentimento que 1º me atraiu, além, claro, deste lugar onde estamos instaladas, bem na frente de onde o rio Manguaba deságua no Atlântico, a energia é mágica”, me confessou ela, que teve loja de roupas até que, em 2000, fez cirurgia bariátrica e ficando em casa pra se recuperar, começou a cozinhar “pr’os vizinhos, pr’os meus pais e surgiu a cozinheira que adora fazer comidas diferentes. e fui conquistando clientes”.
“Até que, em 2021, peguei Covid, e ficava pensando na minha vida de só trabalho, quando uma prima veio conhecer Japaratinga e me disse ‘vá pra lá, onde você terá uma cozinha que ninguém tem’. Vim, adorei, vi um espaço pra alugar, liguei para o proprietário e em um mês, estávamos de vez aqui”.
“O que + me encantou? A calmaria. Em Ipatinga, eu tinha o restaurante de dia e uma pizzaria a noite, vivia correndo, e aqui vivo tranquila”. E segue confessando “Aqui eu sinto a mão de Deus em tudo”.
E entre os frutos do mar, “Eu trouxe algo diferente, não só pr’os turistas, mas principalmente pr’o povo daqui, já que não vim competir com os maravilhosos pratos característicos da cidade. Minhas comidinhas são caseiras, de raiz, simples, com cheirinho e gostinho de cozinha de mãe, de avó, bem temperadinhas”.
“No início, cheguei a ir comprar alho poró em Recife, mas fui adaptando e com ajuda de muita gente, foco no que tenho aqui e não perco tempo correndo atrás do que eu tinha antes. E com ajuda de feirantes, vou conseguindo. “Aos sábados, a feijoada mineira, e aos domingos, a tradicional rabada. O feijão tropeiro também tem agradado”. Assim como os petiscos’, como o incrível ‘Bolinho de feijoada recheado de couve e bacon com geleia de laranja’, e também ‘Bolinha de mandioca’, ‘Coxinha de frango’, ‘Isca de frango com panko e molho verde’. E ‘chips de banana da terra com baconese’.
Simoni se traduz, “Cozinhar é arte, misturar temperos, fazer dar certo, ir além do prazer. E o meu é realmente estar no fogão, preparar tudo com amor. E este lugar aqui na frente é de sonho. Poder colocar mesinhas e servir café da manhã, almoço, lanches da tarde e comidinhas da noite, num cenário como este é maravilhoso”, disse feliz por ter recebido total apoio dos moradores e também do prefeito Henrique Vilela.
E eu, tive o prazer de levar um dos + exigentes paladares que conheço, a jornalista Nide Lins, que aprovou inclusive os sanduíches de carne de sol (com queijo coalho, banana frita e cebola roxa), e o de pernil (com geleia de abacaxi levemente apimentada). Seu cafezinho coado na hora, seu pãozinho de queijo, seu biscoito de polvilho frito, são de gemer
E como tive a honra de apresentar as 2, que ficaram amigas, aqui, na Painel, esta cozinheira que já merece o título de Cidadã Portopedrense, já que 2º ela, “Não saio + nunca daqui”.
Tomara!!! Ah! Bem de frente pr’o rio Manguaba (no 62 da rua da Piedade, na Salinas) de onde se vê o vai e vem de balsas e barcos. E agora, com ‘delivery’ pelo @paprica.bistro
Fonte: Painel Alagoas