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18/05/2024 às 21h30

Geral

Rede de Atenção às Violências potencializa sistema de proteção a vulneráveis

Serviço é mais um equipamento que o Governo do Estado dispõe para fortalecer ações de acolhimento

Thaylise explica que as ações levam em consideração a situação de vulnerabilidade, conforme marcadores sociais de cada grupo populacional - Agência Alagoas

Para fortalecer os serviços de proteção social no estado, o Governo de Alagoas criou a Rede de Atenção às Violências (RAV), que conta com um Comitê Gestor, composto por representantes das secretarias estaduais e da sociedade civil. De acordo com a coordenadora operativa da RAV, Thaysilese Brito, "por meio da cooperação mútua entre as instituições, são executadas ações transversais, que visam o enfrentamento à violência contra as populações vulneráveis".

Instituída em 2023, pelo Decreto de número 89.437, a RAV já se tornou uma referência na proposição, elaboração e articulação de planos de trabalho para implementar ações governamentais de enfrentamento à violência contra as populações vulneráveis, na perspectiva de romper esse ciclo e viabilizar um projeto de vida autônomo e restaurativo. Desde a sua instituição, a rede já realizou 4.804 atendimentos às vítimas de violência.

Para direcionar esforços e robustecer estratégias e serviços especializados de prevenção e enfrentamento à violência, a RAV promove bimestralmente reuniões do Comitê Gestor, coordenadas pelo Gabinete Civil. “Os encontros visam planejar, articular e assegurar o cumprimento das ações pactuadas entre os membros da rede de proteção e garantia de direitos”, disse Thaylise.

Participam das reuniões do Comitê Gestor da RAV, integrantes das secretarias estaduais e representantes de órgãos e instituições especializadas na atenção e proteção de mulheres, crianças e adolescentes, população idosa, pessoas com deficiência e em situação de rua, povos originários e comunidades tradicionais, população negra e LGBTQIA+.

MONITORAMENTO DAS VIOLÊNCIAS E AÇÕES EFETIVAS

Thaylise explica que as ações levam em consideração a situação de vulnerabilidade, conforme marcadores sociais de cada grupo populacional. “Para delinear o perfil das vítimas, definir parâmetros, linhas de cuidado, protocolos e planejamento de políticas públicas, exige-se não só um recorte temporal objetivo, análise de dados de atendimento ou registros de ocorrência, mas as nuances axiológicas”, ressalta.

A partir destas informações, Thaylise diz que são traçadas as diretrizes de articulação, prevenção, garantia de direitos e assistência humanizada. “Desta forma, conseguimos identificar, avaliar, prevenir e combater às violências contra as populações vulneráveis. Isso facilita as ações e promoções de acolhimento seguro, orientação, assistência e encaminhamentos necessários para garantia dos direitos fundamentais de maneira eficaz, eficiente e resolutiva”, ressalta.

Como resultado prático dessa metodologia, Thaylise conta que foram desenvolvidas campanhas de sensibilização, a exemplo do Maio Laranja, contra a exploração sexual infantil; Junho Violeta, que tratou do enfrentamento à violência contra a pessoa idosa, e o Agosto Lilás, que abordou a violência doméstica e familiar.

“Tudo isso foi elaborado durante nossas 14 reuniões que já realizamos desde a criação da RAV. Nossos encontros são sempre feitos em um amplo espaço de diálogo paritário entre instituições governamentais e sociedade civil organizada”, disse.

PIONEIRISMO NO ENFRENTAMENTO HUMANIZADO

Thaylise revela que as ações de enfrentamento são feitas de forma humanizada para garantir proteção integral e acolhedora. “Temos uma equipe multidisciplinar que atua no acolhimento inicial às vítimas de violência, e conta com as especialidades em psiquiatria, ginecologia, obstetrícia, clínica médica e pediatria, para acompanhamento pós-violência num período mínimo de seis meses. Oferecemos ainda, orientação jurídica e assistência segmentada nas áreas de psicologia e serviço Social”, frisa.

De acordo com Thaylise, a utilização das ações transversais pela RAV é considerada pioneira no âmbito estadual. A coordenadora de operação da rede destaca, em especial, a importância da articulação interinstitucional entre as áreas da saúde, segurança e educação.

“Ressalte-se também que as ações da RAV necessitam essencialmente da integração operacional com as instituições que compõem a rede ampla de garantia de direitos, especialmente Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública e Conselhos de Direito”, afirma.

Thaylise destaca ainda o reconhecimento da RAV como referência regional para o enfrentamento da violência, sendo também pioneira na realização do Fórum Interestadual de Combate à Violência Sexual, que contou com participação de representantes dos nove estados do Nordeste. “A RAV também ocupa espaços de discussão, planejamento estratégico e de elaboração de políticas públicas específicas, realizando encontros e capacitações”, finaliza.


Fonte: Agência Alagoas

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