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10/09/2024 às 08h00

Geral

TJAL lança revista eletrônica sobre a participação feminina no Poder Judiciário alagoano

Periódico ‘Elas no Poder’ busca informar, dar voz e garantir mais representatividade a todas as mulheres que fazem parte da Justiça de Alagoas

Juíza Fernanda Diamantaras falou sobre a voz das mulheres enaltecida através do períodico. Foto: Caio Loureiro

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), por meio do Grupo de Trabalho de Participação Institucional Feminina no Poder Judiciário alagoano (GTPIF), lançou, nesta segunda (09), a revista eletrônica ‘Elas no Poder’. O periódico tem o objetivo informar, dar voz e garantir mais representatividade a todas as mulheres que fazem parte da Justiça de Alagoas. A revista pode ser acessada em https://www.tjal.jus.br/elasnopoder

A juíza Fernanda Brito Diamantaras, integrante do GTPIF, destacou a importância do periódico para o Poder Judiciário alagoano e de dar voz às pautas relacionadas às mulheres dentro do sistema de Justiça.

“Essa revista foi concebida com o objetivo de dar visibilidade a essas vozes, a essas histórias de luta e conquista. Aqui vocês encontrarão artigos que discutem não apenas desafios enfrentados por mulheres no judiciário, mas também vitórias que têm sido alcançadas”, disse. 

Ela acrescentou, ressaltando que “ao apoiar e incentivar a inclusão de mulheres em todas as áreas do Judiciário, estamos não apenas promovendo igualdade de gênero, mas também garantindo que a justiça verdadeiramente reflita e sirva a toda a sociedade”.

A primeira edição do periódico trimestral abordou a importância do combate à violência doméstica e familiar e do empoderamento feminino. A revista é dividida nas sessões ‘Mulheres que Inspiram’, ‘Em Foco’, ‘Ideia Delas’, ‘Você Sabia’ e ‘Pra Você’, um espaço dedicado à arte e poesia produzidas por mulheres do Judiciário alagoano.

Lançamento

O lançamento do periódico contou com a presença do presidente do TJAL, desembargador Fernando Tourinho, que fez questão de enfatizar que atualmente, na Justiça alagoana, a maior parte dos cargos de direção são comandados por mulheres.

“O Poder Judiciário alagoano, hoje, tem a maioria dos seus cargos de direção ocupados por mulheres, dando uma demonstração de que elas estão ocupando os espaços. Porém, o mais importante para mim não é ocupar por ocupar e sim fazer a diferença, e é isso que está acontecendo aqui no Tribunal”, destacou.

Tourinho falou sobre sua felicidade em ver, efetivamente, a resolução 255 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sendo colocada em prática no TJAL.

“Essa revista é a maior prova que estamos buscando dar essa igualdade entre homens e mulheres na Justiça alagoana. Eu tenho dito sempre que é muito importante que haja esse bom entrosamento. Eu acho que o Judiciário ganha com essa iniciativa, com esse engajamento das mulheres ocupando cargos de destaque. E essa comissão é o maior exemplo disso”, enfatizou. 

A coordenadora da Mulher do TJAL, juíza Eliana Acioly Machado, defendeu que as mulheres do Tribunal de Justiça de Alagoas são capazes de, para além da atividade judicial, terem assento em funções estratégicas, inclusive como auxiliares da cúpula, fazendo parte das bancas de concursos públicos e de outras comissões importantes.

“Não é fácil e natural, como muitos pensam, em especial diante do androcentrismo que se expressa na centralidade e na valorização do masculino como forma, norma e padrão de referência, já naturalizado na nossa sociedade e cultura. Por isso, a necessidade de políticas afirmativas no âmbito do Poder Judiciário, como a Resolução 255 e para além dela”, destacou.

A juíza Fátima Pirauá representou a desembargadora Elizabeth Carvalho, presidente do GTPIF, no lançamento da revista. Ela ressaltou que as mulheres não querem concorrência, e sim, seus direitos e ascensão às instâncias de poder.

“Nós fazemos a diferença onde quer que estejamos. E somos absolutamente imprescindíveis nessa sociedade que ainda carrega esse machismo, essa absoluta preponderância do poder masculino. Nós engravidamos, passamos nove meses carregando outro ser na barriga, amamentamos e isso também precisa ser levado em conta dentro das políticas organizacionais”, disse.

A revista

A sessão ‘Mulheres que Inspiram’ trouxe o relato da analista judiciária Stephany Domingos que contou como superou a violência doméstica e viu sua vida se transformar.

Durante o evento, a servidora deu um depoimento emocionado de como saiu da depressão profunda, causada pelo contexto de violência que estava inserida, e não só sobreviveu, como hoje, busca usar sua história para inspirar e ajudar outras mulheres.

“Quando eu recebi o convite para contar não o relato da violência que sofri, mas minha história de superação, eu pensei: será? Tive medo de ser rotulada, julgada. Eu quis participar porque eu acredito que se eu pude sair de um contexto de violência que eu achava que não conseguiria e que inclusive fez eu tentar desistir da minha própria vida, outras mulheres também poderiam acreditar que podem”, explicou.

Ela aproveitou para deixar um recado para as mulheres presentes e que possam estar vivendo alguma situação de violência. “Lembre, você é mais forte do que você imagina. A vida começa quando a violência acaba e você não está sozinha”, avisou

A revista também traz a sessão ‘Em Foco’ que aborda o Programa Flor de Mandacaru, criado pela Coordenadoria da Mulher do TJAL e cria o protocolo de atendimento a juízas, servidoras, comissionadas e terceirizadas do Poder Judiciário de Alagoas que estejam sofrendo violência doméstica e familiar .

A sessão ‘Ideia Delas’ é destinada a divulgar boas práticas criadas por magistradas, estagiárias e servidoras do judiciário alagoano. Na primeira edição, o ‘Ideia Delas’ traz a Criação do Manual do Estagiário que tem o objetivo de facilitar o dia a dia dos estagiários dos Juizados Especiais Cíveis da capital e do interior.

O guia foi idealizado e elaborado pela estagiária Lilian Ávila sob orientação da juíza Verônica Araújo.

Na sessão ‘Você Sabia’, o leitor encontrará novidades e informações do mundo jurídico para elas. Esta edição informou sobre o ‘Encontro Mulheres na Justiça’ e o Repositório Nacional de Mulheres Juristas. 

Por fim, a revista termina com uma sessão destinada à publicação de poemas e poesias de autoria das mulheres que compõem o Poder Judiciário de Alagoas. Na primeira edição, a magistrada Joyce Florentino trouxe a poesia ‘Ser Mulher’ e o cordel ‘O poder é delas, em cordel de poesia’.

A revista pode ser acessada através deste link e também está disponível para acesso através de um botão disponibilizado no Intrajus.

Aquelas que tiverem interesse em participar das próximas edições com uma ideia ou história inspiradora podem entrar em contato com as integrantes do GTPIF, Juíza Fernanda Diamantaras, Paulo Brito e Verônica Araújo e as servidoras Gadara Cavalcante e Danielle Moura.

Participaram do lançamento da revista, o vice-presidente do TJAL, desembargador Orlando Rocha; os desembargadores Carlos Cavalcanti, Márcio Roberto e Paulo Zacarias, o vice-presidente do Tribunal de Contas, Otávio Lessa; a vice-presidente da OAB Alagoas, Natália Von Sohsten; as juízas da Coordenadoria da Mulher, Luana Cavalcante e Natália Castro; a juíza auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça, Marcella Pontes, os juízes auxiliares da Presidência do TJAL, Rafael Casado, Ygor Figueiredo e João Paulo Martins, a diretora da Casa da Mulher Alagoana, Paula Lopes, entre outros magistrados, diretores e servidores.


Fonte: Dicom/TJAL

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