A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), promoveu, nesta sexta-feira (4), a capacitação de funcionários do Porto de Maceió, situado no bairro Jaraguá, e apresentou os procedimentos a serem adotados ao identificar pessoas com a Mpox. A doença infecciosa zoonótica é causada pelo Mpox Vírus (MPXV), que afeta seres humanos e outros mamíferos.
Durante o treinamento, os participantes puderam acompanhar informações sobre sintomas, transmissão e tratamento, e qual o fluxo de atendimento dos pacientes acometidos pela Mpox. A capacitação foi promovida pela consultora da Gerência de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis da Sesau, Luciana Pacheco, que informou sobre a ocorrência de 27 casos de Mpox em Alagoas desde 2022, sendo um este ano.
Luciana Pacheco, que é médica infectologista, explicou que a doença voltou a ser uma emergência sanitária global, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS). “A Mpox é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. Podem ser transmitidas por toque, beijo, relações sexuais ou por meio de objetos como lençóis e roupas contaminadas”, salientou.
De acordo com a especialista, a infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. “Os principais sintomas envolvem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e fadiga. É importante ressaltar que o vírus causador da doença se espalha pelo contato próximo com uma pessoa infectada. Ela pode passar o vírus pelas lesões características na pele ou por gotículas expelidas pelo sistema respiratório, como os presentes nos espirros", informou.
Luciana Pacheco ressaltou ainda que, em casos de infecções, a recomendação é isolar o paciente para evitar a transmissão do vírus. “É recomendado orientá-lo a procurar imediatamente uma unidade de saúde mais próxima. A depender da gravidade, o paciente pode precisar de uma internação”, enfatizou a infectologista.
IMPORTÂNCIA
Presente no treinamento, o médico da Capitania dos Portos de Alagoas, Tarcísio Rodrigues, ressaltou a importância do curso para a identificação de possíveis pessoas infectadas que possam chegar ao Estado. “Gostaria de parabenizar a equipe pela importância de estar promovendo esses espaços de diálogo e debate da Mpox, para que possamos conhecer um pouco mais sobre quais são os sintomas e as formas de disseminação, de forma que possa promover a prevenção”, pontuou.
Fonte: Ruana Padilha/Ascom Sesau