Festival teve como objetivo promover a socialização da arte e cultura na perspectiva de desenvolvimento de habilidades expressivas dos estudantes. Foto: Joyce Juliana / Ascom Semed
Interação e trocas de experiências culturais e artísticas marcaram o I Festival de Arte e Cultura das escolas de Educação Integral da rede municipal, realizado na sexta-feira (6), no Teatro Jofre Soares, Sesc Centro. O festival teve como objetivo promover a socialização da arte e cultura na perspectiva de desenvolvimento de habilidades expressivas dos estudantes, a fim de torná-los protagonistas de seus próprios aprendizados.
Participaram do evento ao todo 12 escolas com atividades de práticas pedagógicas vivenciadas no contraturno das aulas durante todo o ano, por meio de uma linguagem artística traduzida pela dança e pelo teatro.
Para o coordenador-técnico de Arte e Cultura da Secretaria de Educação de Maceió (Semed), Tércio Smith, a culminância do Festival de Arte e Cultura representou um momento muito esperado, tendo em vista as atividades desenvolvidas durante todo o ano.
Ele explica que as atividades têm surtido um impacto muito positivo na formação dos estudantes. “Essas atividades de arte oferecem uma experiência muito rica onde são desenvolvidas várias habilidades importantes para o exercício da cidadania. São habilidades de autoconfiança, de autoestima, de desenvoltura oral, física. As artes são atividades multidisciplinares, que trabalham não só o cognitivo, mas também a parte afetiva e a parte física”, reforça Tércio.
A coordenadora de Educação Integral da Semed, Claudiane Pimentel, destacou a parceria com o Sesc e falou da importância das atividades de arte e cultura para a educação integral, beneficiado mais de 4 mil alunos do ensino fundamental.
“Nessa gestão conseguimos estruturar as escolas. Em 2023 começamos ofertando para 18 escolas da rede e agora finalizamos este primeiro mandato de gestão com 30 escolas com proposta de atividades complementares em várias áreas, a exemplo do esporte, da cultura, da capoeira”, ressalta.
Para Claudiane o foco do trabalho são os alunos, na medida em que eles possam se preparar e sair do papel, não sendo apenas espectadores como também protagonistas. “Aqui eles são artistas, se preparam e se apresentam. A Semed contratou professores de música, teatro e dança para ministrarem essas aulas durante todo o ano. Hoje eles estão aqui prontos para protagonizar”, frisou.
O trabalho voltado para resgate da cultura tem sido uma das prioridades da escola Floriano Peixoto, segundo o diretor, Jaeliton Francisco. Ele conta que por meio da Educação Integral a escola tem ofertado diversas atividades culturais, principalmente a dança coco de roda, que é uma dança tradicional do bairro.
“A gente já se apresentou várias vezes na comunidade e sempre que tem alguma festividade, nossa escola tem sido convidada para se apresentar e, inclusive, agora em dezembro, estaremos nas festividades da padroeira do bairro. Tem sido um resgate cultural que motiva bastante as nossas crianças. Eles sempre se sentem motivados”, destacou o diretor.
O aluno da escola Floriano Peixoto, de 10 anos, Bruno Luan dos Santos Souza, não escondia a expectativa de apresentar tudo que ensaiou durante meses.
“Apresentamos o coco de roda. A gente já se apresentou na AABB e nas escolas. Eu gosto muito quando estou me apresentando, me ajuda a ficar mais focado na escola”, disse.
Cláudio Antônio, professor de dança da rede, falou um pouquinho do trabalho desenvolvido na escola Floriano Peixoto e da parceria com o mestre Rodrigo Lins.
“São ações de artes para complementar a educação dos alunos e o meu trabalho é especificamente com dança. Então esse trabalho que vai se apresentar agora é fruto do projeto Folguedos na Rede, no qual o mestre Rodrigo Lins atuou nas escolas durante três meses. Ele nos ensinou e passei a dar continuidade ao trabalho”, comenta o professor.
O mestre Rodrigo Lins definiu o projeto Folguedos na Rede como maravilhoso. Com mais de 15 anos de trabalho, ele ressalta que o objetivo principal do projeto é promover cultura para os jovens.
“Tive o prazer de conhecer o professor Cláudio e fizemos várias apresentações aqui em toda a nossa capital. Ver os alunos dando continuidade ao que iniciamos no projeto e se apresentando é muito gratificante”, afirma o mestre Rodrigo Lins.
Fonte: Assessoria