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21/12/2024 às 09h15

Geral

Parto natural: médica neonatologista explica benefícios para mãe e bebê

Especialista ressalta que o parto normal fortalece o sistema imunológico do bebê e promove o vínculo entre mãe e filho

Para o bebê, o parto natural reduz o risco de infecções e alergias e o vínculo com a mãe é fortalecido - Carla Cleto / Ascom Sesau

O parto natural, também conhecido como parto normal, oferece uma série de vantagens para a mãe e o bebê, tanto a curto quanto a longo prazos. De acordo com a médica neonatologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Sirmani Frazão, o método respeita o tempo do bebê e contribui para o desenvolvimento pulmonar e imunológico da criança, além de acelerar a recuperação da mãe e fortalecer a relação dos dois. 

A especialista explica que o parto natural é benéfico para a mãe por reduzir os riscos de infecções, proporcionar uma recuperação mais rápida e evitar cicatrizes abdominais, comuns na cesariana. Para o bebê, os benefícios são ainda mais notáveis. 

“O bebê que passa pelo canal de parto tem acesso às bactérias naturais da mãe, o que fortalece o sistema imunológico, reduzindo o risco de infecções e alergias. Além disso, ele nasce pronto para interagir com os pais, o que facilita o vínculo inicial”, destaca Sirmani Frazão. 

Segundo a médica neonatologista da Sesau, práticas como o contato pele a pele precoce e o estímulo à amamentação são fundamentais para todos os recém-nascidos, independentemente do tipo de parto. Porém, no caso do parto natural, o processo facilita essas interações, pois o bebê nasce mais receptivo ao toque e à amamentação. 

Além disso, o parto normal evita complicações como problemas respiratórios no bebê, já que o trabalho de parto estimula a liberação de líquidos pulmonares, preparando o recém-nascido para respirar fora do útero. 

“O parto natural é o tempo do bebê. Ele decide quando está pronto para vir ao mundo, o que também ajuda a garantir que ele esteja fisiologicamente preparado”, complementa a neonatologista. 

Riscos da Cesariana 

Por outro lado, a cesariana, embora necessária em alguns casos, deve ser feita com cautela e apenas com indicação médica, pois é uma cirurgia que pode apresentar riscos associados, como infecções, hemorragias e recuperação prolongada para a mãe. 

Sirmani Frazão reforça que a escolha do tipo de parto deve ser feita com base em orientações médicas e nas condições de saúde da mãe e do bebê. 

“Promover o parto natural e conscientizar a população sobre seus benefícios é uma das metas do SUS [Sistema Único de Saúde], que incentiva práticas baseadas em evidências científicas para assegurar o bem-estar materno e infantil. Criou-se um pensamento que a cesariana é melhor, mas ele é uma intervenção cirúrgica e só deve ser priorizada em situações onde o parto normal não é indicado, mediante prescrição médica e em comum acordo com a gestante”, enfatiza Sirmani Frazão.

Dados

Mesmo o parto natural sendo o mais indicado, por trazer benefícios para a mãe e o bebê, no ano passado a Rede Pública de Saúde do Estado realizou 46.541 partos, sendo 20.494 naturais e 26.047 cesários. Este ano, de janeiro a novembro, foram 41.103 partos realizados, dos quais 17.350 foram naturais e 23.753 cesários, conforme dados da Sesau.


Fonte: Ascom Sesau/AL

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