A campanha Janeiro Branco busca conscientizar sobre a prevenção da ansiedade e da depressão, causadas por uma série de fatores, como genética, estresse, abuso de substâncias e traumas. Dentro desse contexto, o papel da família ganha destaque como um dos principais pilares para o bem-estar emocional.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) estima que a depressão acomete mais de 300 milhões de pessoas no mundo. E que uma em cada quatro pessoas nas Américas sofre com algum tipo de doença mental e/ou faz uso de substâncias de forma desordenada durante a vida. Já no Brasil, o Ministério da Saúde considera a depressão um caso grave de saúde, com prevalência de mais de 15% ao longo da vida.
Segundo a médica da Família e Comunidade e coordenadora do Espaço Viver Bem da Unimed Maceió, Dra. Kátia Macário, a família pode desempenhar um papel de grande importância no apoio emocional e psicológico, ao criar um ambiente acolhedor que ajuda a reduzir o impacto do estresse e diminuir os sintomas da depressão. Além disso, pode colaborar na identificação precoce dos sintomas, observando mudanças comportamentais e emocionais.
"É muito importante o apoio da família no momento em que qualquer adoecimento mental é identificado. Muitas vezes, vemos que o agravamento de problemas na infância ou adolescência, quando não há suporte adequado, leva a uma transição para a vida adulta com fragilidades emocionais. Por isso, é essencial que a família entenda, acolha e incentive a procura por ajuda médica e terapêutica", destaca a médica.
Para identificar problemas de saúde mental e emocional, pode-se observar alguns sinais, como mudanças extremas de humor, alternância entre euforia e depressão, isolamento social, distúrbios do sono (insônia ou sonolência excessiva), mudanças no apetite, dificuldade de concentração, pensamentos ou comportamentos autodestrutivos e suicidas, preocupação constante, esquecimento e falta de organização.
Com a campanha Janeiro Branco, busca-se divulgar e incentivar o cuidado com a saúde mental, ao mesmo tempo em que se reduz o estigma de que essa condição representa uma fraqueza, uma doença que deve ser escondida ou que não justifica a busca por ajuda. A psicologia é uma grande aliada da medicina nesse contexto, reforçando a importância de um acompanhamento multidisciplinar.
"É fundamental buscar ajuda médica, não apenas para os adoecimentos relacionados à saúde mental, mas, também, para qualquer outro problema nessa área. Procurar auxílio profissional é indispensável. Além do acompanhamento médico, que inclui orientações, prescrição de medicações e um acompanhamento longitudinal, o apoio psicológico desempenha um papel essencial", enfatiza a Dra. Kátia Macário.
Fonte: Algo Mais Consultoria e Assessoria