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28/01/2025 às 14h40

Geral

Saiba como funciona Mapa de Linhas de Ações Prioritárias

Documento delimita área afetada pelo afundamento do solo causado pela Braskem

CAT faz visitas periódicas para verificar se afundamento tem avançado. Foto: Jonathan Lins/ Secom Maceió

O Mapa de Linhas de Ações Prioritárias é o documento oficial produzido pela Defesa Civil de Maceió com a chancela da Defesa Civil Nacional (DCN) e o Serviço Geológico do Brasil (SGB) que delimita as áreas afetadas pelo afundamento do solo, provocado pela mineração de sal-gema da mineradora Braskem. Em sua quinta versão, o mapa foi ampliado pela última vez em novembro de 2023, incluindo novas áreas de realocação e de monitoramento.

A área 01, identificada no Mapa com a cor verde mais escura, é a área de monitoramento. A região faz parte do mapa por necessitar de uma atenção maior quando se trata da movimentação do solo. Segundo os critérios de risco estabelecidos pelo Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, os moradores da área podem permanecer no local sem que haja nenhum risco à vida.

Já a área 00, identificada no mapa com a cor verde clara, é a área onde acontece uma maior concentração de movimentação, o que indica a necessidade de realocação dos moradores.

“Nesta região (00) há uma movimentação do solo mais severa, causando patologias como rachaduras e fissuras nas residências, colocando em risco a vida das pessoas, por isso a indicação de realocação”, explica o coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre.

A região é monitorada de forma ininterrupta por equipamentos instalados em todo o perímetro afetado e adjacência. Esses equipamentos são de alta tecnologia com a capacidade de perceber qualquer mínima movimentação do solo, mesmo que esteja na escala dos milímetros.

Além dos equipamentos, há a atuação do Comitê de Acompanhamento Técnico (CAT). Um grupo formado pelas Defesas Civis nacional, estadual, municipal e a Braskem, criado com a finalidade exclusiva de monitorar a região. O grupo realiza visitas periódicas em toda a área de borda do mapa para verificar se houve avanço do afundamento do solo.

Critérios para ampliação do mapa

Os dados coletados pelos equipamentos instalados em toda a região são analisados pelos profissionais que compõem o comitê e atuam nas áreas de geografia, geologia, engenharia civil, engenharia ambiental e engenharia de agrimensura.

“Quando há persistência de movimentação em determinado local, bem como o grau dessa movimentação permanece alto, é indício de que aquela região está sendo afetada pelo afundamento do solo”, enfatiza o coordenador-geral.

Os técnicos consideram grave, o local que permanece com mais de 0,5 mm de movimentação ao ano, indicando que dentro de um longo período de tempo aquela área continuou a se movimentar, com deslocamentos detectados pelos equipamentos de monitoramento.

Associado aos dados coletados, o CAT realiza visitas periódicas a toda região que fica na borda do mapa, para identificar se há indícios físicos do avanço do afundamento, como rachaduras e fissuras nas residências.

As patologias, para serem consideradas com correlação com o afundamento provocado pela mineração, devem seguir os padrões identificados em outras residências afetadas, como, por exemplo, seu grau de inclinação em direção às minas de exploração de sal-gema.

A movimentação persistente associada às patologias encontradas nas residências dão o veredito sobre o avanço do processo de afundamento.

O último relatório das visitas realizadas pelo comitê, produzido em dezembro de 2024, não trouxe dados que indicassem a necessidade de atualização do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias. Uma nova campanha de visitas será executada no mês de abril.


Fonte: Assessoria

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