Na carteira de projetos do plano, há previsão da ampliação da geração e distribuição de energia limpa. Foto: MIDR/ Sudene
A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste participou, nesta segunda-feira (10), de reunião que inicia os preparativos da participação do Ministério da Integração Nacional e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e de suas vinculadas, incluindo a Sudene, na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), que será realizada no Brasil, em Belém (PA), em novembro deste ano. No encontro de hoje, a Autarquia esteve representada por Victor Uchoa (engenheiro agrônomo) e Ludmila Calado (geógrafa), ambos da Diretoria de Planejamento.
Os representantes de cada instituição apresentaram os temas que consideram relevantes para a participação na COP 30. Victor Uchoa destacou as ações da Sudene que estão em sintonia com a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, incluindo o aperfeiçoamento da plataforma de monitoramento socioambiental do Observatório da Caatinga e Desertificação (OCA), implementando novas funcionalidades, metodologias de monitoramento, integração com bancos de dados, ferramentas de análise e visualização. A atualização dos Planos Estaduais de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, que a Sudene vem desenvolvendo em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e a Univasf; o Impacta Caatinga, em parceria com a UFPE e a Univasf, com o objetivo de realizar estudos para ampliar o conhecimento de ativos relevantes presentes no bioma; o Inova Palma (projeto focado no fortalecimento do insumo para dar suporte à pecuária da Região); além da criação do Fundo Caatinga, "iniciativa articulada pelo Consórcio Nordeste, com a qual a Sudene vem somar esforços para a sua viabilização" foram outras ações elencadas por Victor.
Foram destacados, ainda, o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE) e os fundos de desenvolvimento (FDNE e FNE), que "possuem um largo espectro de possibilidades de ações, podendo contribuir com o processo de resiliência climática", segundo Victor. Como exemplo, ele citou as prioridades do FNE para 2025, que levam em consideração, entre outros instrumentos, o Novo Brasil, também conhecido como Plano de Transição Ecológica, cujos objetivos são emprego, produtividade, justiça social e sustentabilidade ambiental.
Nesse primeiro momento, o Comitê está com a atenção voltada para a COP 30, mas ele tem caráter permanente e se propõe a otimizar a coordenação entre os diversos setores ministeriais e secretariais, promovendo sinergias e ações conjuntas relacionadas à agenda de mudança climática. Entre as competências do Comitê estão a harmonização das ações das diferentes secretarias e entidades vinculadas ao MIDR; elaboração do plano de ação, construindo estratégias eficazes referentes à agenda 2030; e articulação com outros órgãos para otimizar o uso de recursos e alinhamento de objetivos entre os diferentes setores da administração pública. Victor Uchoa (titular) e Ludmila Calado (suplente) são membros do Comitê Permanente de Resiliência Climática, representando a Sudene.
As instituições que compõem o Comitê são Secretaria-Executiva, Gabinete do Ministro, Assessoria Especial de Assuntos Internacionais; Assessoria de Participação Social e Diversidade; Secretaria Nacional de Segurança Hídrica, Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, Secretaria Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial, Secretaria Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros (unidades do MIDR); Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA); Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam); Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene); Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco); Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs); e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Fonte: Assessoria