A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil de Alagoas (CEPDEC) apresentou, na terça-feira (15), o funcionamento do programa Defesa Civil Alerta (DCA). A explanação aconteceu durante reunião estratégica na sede da Defesa Civil Municipal de Maceió.
O encontro contou com a presença do corpo técnico responsável pela implementação do DCA no Estado, além de representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh).
De acordo como o segundo sargento do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM), Fabrício Cavalcante Lopes, o objetivo da reunião foi apresentar o funcionamento do novo sistema de alertas desenvolvido pelo Governo Federal e alinhar os procedimentos que serão adotados durante a expansão do DCA na região Nordeste.
O programa será estendido, na fase seguinte, aos estados do Norte e Centro-Oeste. Já a nacionalização do sistema deve acontecer até julho deste ano.
“A integração entre a Defesa Civil Estadual e todos os munícipios do Estado de Alagoas tornará o DCA uma ferramenta indispensável para salvaguardar a população alagoana. Todos nós compomos o Sistema Nacional de Defesa Civil e precisamos alinhar nossas ações no sentido de darmos à ferramenta a condição de alcançar todo seu potencial”, avaliou Cavalcante, integrante da CEPCEC/AL e membro da equipe de treinamento do Governo Federal para implantação do DCA no território nacional.
O sistema será inicialmente operado pela Defesa Civil Estadual, com abrangência nos 102 municípios alagoanos. A emissão de alertas incluirá notificações meteorológicas, hidrológicas e outros tipos de desastres, com base em dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), da Sala de Monitoramento da Semarh e da própria Sala de Monitoramento da Defesa Civil Municipal de Maceió.
Integração
O chefe de Ações e Operações da Defesa Civil de Alagoas, major CBM Silva Melo, afirmou que o novo sistema deve ser integrado a protocolos regionais e nacionais de monitoramento de riscos.
“A reunião serviu para alinhar os protocolos entre as salas de monitoramento (nacional, estadual e municipal) com o objetivo de inserirmos essas diretrizes no protocolo geral de resposta. Assim, garantiremos que o alerta seja disparado na hora certa, antecipando os desastres e, principalmente, evitando a perda de vidas”, afirmou o major Silva Melo, que também faz parte da equipe de treinamento do Governo Federal deste novo sistema de alerta.
A previsão é que, até o final de abril, um alerta teste seja enviado para um dos municípios alagoanos como parte do processo de validação da ferramenta.
“Estamos nos ajustes finais. A ideia é que esse alerta teste seja lançado nos próximos dias, e a partir daí o sistema esteja pronto para uso em situações reais, como deslizamentos de barreira, inundações, alagamentos, entre outros desastres”, destacou o major.
O alinhamento entre a Coordenadoria Estadual e as Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil (COMPDECs) é considerado essencial para o sucesso da operação. Esse esforço conjunto visa garantir a eficácia na comunicação e resposta rápida às emergências, utilizando o DCA como ferramenta de prevenção e mitigação de riscos.
“Acreditamos que até o final do mês, o Nordeste inteiro já esteja com essa ferramenta em funcionamento. É uma medida fundamental para salvar vidas”, completou Silva Melo.
Diferente dos alertas enviados por SMS, WhatsApp e Telegram — que exigem o cadastro prévio do número de telefone — o novo sistema não requer nenhum tipo de cadastro por parte da população.
O alerta será enviado automaticamente para os celulares presentes nas áreas de risco identificadas. Todos esses serviços, inclusive os que exigem cadastro, são totalmente gratuitos. A expectativa é que o novo sistema fortaleça a gestão de riscos e desastres no estado, promovendo maior segurança para a população alagoana.
Fonte: Aldérico Ferreira / Ascom Defesa Civil