Foto: Ascom PMAL
“Uma situação de crise pode acontecer a qualquer momento, em qualquer lugar, quando menos se espera”. Atenta à necessidade de uma resposta qualificada e imediata diante dessas situações, a Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) deu início à primeira turma do Curso de Negociação Policial em Crises (CNPC). A aula inaugural foi realizada na tarde desta quinta-feira (29), no Auditório do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas, em Maceió.
A turma do primeiro CNPC inicia com 30 alunos matriculados. Destes, 23 são policiais militares da PM-AL, sendo sete oficiais e 16 praças. Os demais componentes são: dois agentes da Polícia Civil de Alagoas, um oficial da Polícia Militar do Amapá, um agente da Polícia Penal de Alagoas, um integrante da Polícia Civil do Rio Grande do Norte e dois agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A cerimônia foi presidida pelo secretário de Segurança Pública (SSP), Flávio Saraiva, acompanhado do subcomandante-geral da PM, coronel Neyvaldo Amorim, e demais autoridades que compuseram a mesa de honra.
“O conhecimento e a técnica associados ao equilíbrio formam um conjunto importante nas atividades de segurança pública, sobretudo nos casos mais críticos. A negociação policial em situações de crise é uma ferramenta eficaz na preservação de vidas. É com orgulho que nossa instituição inicia mais uma especialização de excelência não só para a nossa tropa, mas também para instituições coirmãs. Parabéns a todos os envolvidos neste passo importante”, declarou o coronel Neyvaldo desejando sucesso à turma.
Cumprindo o rito de honra ao veterano, foi prestada a continência tenente-coronel da Reserva Remunerada Eduardo Alex. Houve um momento dedicado a homenagens a personalidades e autoridades que prestam apoio à instituição. A abertura do curso também foi marcada pela palestra “A importância da negociação como alternativa tática inserida no Bope”, ministrada pelo tenente-coronel José Rogério Diniz Tomaz, da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE). O palestrante tem larga vivência como negociador policial e é o atual comandante do Bope na instituição coirmã.
CNPC 2025
O CNPC 2025 terá duração de quatro semanas, nos períodos da manhã e tarde. O curso na modalidade presencial contará com carga horária total de 200 horas-aulas. O objetivo é especializar os policiais militares no desempenho da função de Negociador Policial em eventos críticos, seguindo os preceitos doutrinários e técnicos de negociação de crises, embasados no modelo anglo-americano de Polícia e adaptado à realidade e aos propósitos das instituições policiais brasileiras, de maneira segura, precisa e que garanta integridade física individual e coletiva dos envolvidos.
Entre os exemplos de situações de crise que demandam intervenção altamente especializada estão rebeliões, sequestros, tomadas de reféns. Em casos desta natureza, a negociação é uma das alternativas táticas que tem o objetivo de chegar a uma solução da crise da forma mais pacífica possível. Para isso, são utilizadas técnicas de comunicação, psicologia e persuasão.
O curso surgiu da necessidade de resolver crises sem o uso da força, especialmente em casos com reféns ou ameaças de suicídio. Seu modelo foi desenvolvido inicialmente nos Estados Unidos na década de 1970, após eventos como o sequestro nas Olimpíadas de Munique. A polícia de Nova York e o FBI foram pioneiros, criando equipes especializadas e métodos baseados em psicologia e comunicação estratégica.
No Brasil, o curso foi implantado a partir da década de 1990, adaptando-se à realidade local e tornando-se essencial nas operações de gerenciamento de crises.
CNPC 2025 é desenvolvido no âmbito da PM-AL pela Diretoria de Ensino, Instrução e Pesquisa (DEIP) por meio da Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Mello (APMSAM) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Fonte: Ascom PMAL