O cigarro continua sendo um dos principais inimigos do coração. O tabagismo, responsável por milhões de mortes evitáveis todos os anos, aumenta significativamente o risco de doenças cardiovasculares, representando a principal causa de morte no Brasil e no mundo, além de reduzir em até 20 anos a expectativa de vida da população. Por isso, a cardiologista Mariana Albuquerque, que atua no Hospital do Coração Alagoano, em Maceió, reforça os perigos do ato de fumar.
“Muita gente associa o cigarro apenas ao câncer, principalmente de pulmão, mas os danos ao sistema cardiovascular são silenciosos e devastadores. Fumar aumenta as chances de infarto agudo do miocárdio, AVC [Acidente Vascular Cerebral] e insuficiência cardíaca”, afirma a médica do Hospital do Coração Alagoano, referência em Alagoas no tratamento de pacientes acometidos por doenças cardiovasculares e gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Segundo a especialista, o cigarro possui cerca de sete mil componentes químicos que podem ser prejudiciais à saúde cardiovascular. A nicotina e o monóxido de carbono presentes promovem a constrição dos vasos sanguíneos, podendo aumentar a pressão arterial, dificultar a oxigenação dos tecidos e alterar as taxas de colesterol, predispondo a formação de placas de gorduras nas artérias, cujo processo é conhecido como aterosclerose, que aumenta a frequência cardíaca, o que leva a arritmias, além do desenvolvimento de mortes súbitas.
“Parar de fumar é uma das atitudes mais importantes que uma pessoa pode tomar para proteger o coração. O abandono do tabagismo é uma medida muito efetiva para reduzir a mortalidade, principalmente nos pacientes que têm predisposição ou doenças cardiovasculares. Em poucos dias sem cigarro, já é possível perceber melhorias na circulação e na pressão arterial. Em longo prazo, os benefícios são ainda mais expressivos”, destaca Mariana Albuquerque.
Fonte: Neide Brandão / Ascom Hospital Coração Alagoano