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31/05/2025 às 16h30

Geral

Prefeitura de Maceió apoia 1º Encontro de Saberes e Resistência Periférica no Benedito Bentes

Evento marcou o encerramento das programações do “Maio Negro”, mês de referência à abolição da escravatura

Edivânia coordena coletivo que dá voz e autonomia às mulheres da periferia. - Beto Macário/Secom Maceió

O Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas e o Instituto Raízes da África, com apoio da Prefeitura de Maceió, realizaram o 1º Encontro de Saberes e Resistência Periférica para fechar a programação do “Maio Negro”, mês que marca a abolição da escravidão no país. O evento ocorreu na manhã deste sábado (31), no Residencial Jorge Quintella Benedito Bentes II, na parte alta da cidade.

A ação foi conduzida pela ativista e coordenadora do Instituto Raízes da África, Arísia Barros. A ativista contou que os temas debatidos no encontro serviram como reflexão e denúncia sobre a luta pela igualdade racial e os desafios que a população negra ainda enfrenta.

“Eventos como esse são importantes para revisitar histórias da periferia, ampliar vozes e, a partir das experiências compartilhadas, promover um aprendizado imersivo entre o racismo contemporâneo e a escravatura”, explicou.

Arísia ressaltou ainda a importância de fazer do tema um debate contínuo, durante o ano inteiro, e não apenas nas datas que fazem referência aos dias da abolição da escravidão e da Consciência Negra.

“Geralmente, só se trabalha essa questão da negritude nos meses de maio e novembro. Nossa proposta maior é combater essa invisibilidade histórica no resto do ano e despertar esse olhar da comunidade, do coletivo, pois o racismo é uma consequência natural da Lei Áurea. A partir do dia ‘14 de maio’, as coisas pioraram, porque ficamos sem espaço, sem casa, sem trabalho”, destacou Arísia.

A coordenadora do Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas, Edivânia Gatto, destacou que o coletivo foi criado para conscientizar e fortalecer as mulheres da periferia, muitas das quais viviam em situação de dependência dos companheiros e de violência doméstica.

“Além dos eventos de conscientização, o coletivo oferece assistência psicológica, cursos de artesanato, culinária, manicure, cabeleireiro e trança afro para mulheres da comunidade, incentivando o empreendedorismo e a autonomia financeira”, explicou Edivânia.

O encerramento do encontro foi brindado com uma roda de capoeira, conduzida pelo mestre Marcos e professor Feijão, do Grupo de Capoeira Filhos de Angola, e regado à degustação de frutas e feijoada, prato típico brasileiro e com forte influência da cultura africana.

Os eventos do “Maio Negro” contaram com apoio da Prefeitura de Maceió, por meio de concessão de espaço, tendas, doação de leite e cadastramento em programas sociais.



Fonte: Secom Maceió

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