Com a chegada das festas juninas, a alegria toma conta de Alagoas, seja na capital ou no interior. No entanto, o uso de fogos de artifício, comum nesta época, representa um risco significativo, especialmente para crianças e adolescentes. Queimaduras e lesões graves, que podem levar até mesmo à amputação de dedos e mãos, estão entre as consequências mais preocupantes.
Em 2023, o Samu registrou 45 casos de queimaduras relacionados a fogos de artifício em Maceió e Arapiraca. Este ano, até maio, já foram contabilizadas 13 ocorrências. Os dados reforçam a necessidade de atenção redobrada durante as comemorações.
RISCOS E TIPOS DE QUEIMADURAS
A enfermeira Beatriz Santana, coordenadora do Samu Maceió, alerta que os fogos podem causar queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus, além de lesões traumáticas. "A falta de cuidado pode resultar em danos irreversíveis, como a perda de membros", destaca.
O médico socorrista Ewerton Soares explica a gravidade de cada tipo de queimadura:
- 1º grau: atinge a camada superficial da pele, causando vermelhidão e dor.
- 2º grau: afeta camadas mais profundas, provocando bolhas e inchaço.
- 3º grau: destrói todas as camadas da pele e pode atingir músculos e ossos, exigindo tratamento complexo.
CUIDADOS E PRIMEIROS SOCORROS
Para evitar acidentes, o Samu orienta:
- Nunca permita que crianças manuseiem fogos sem supervisão adulta.
- Compre apenas produtos certificados e de fornecedores confiáveis.
- Siga rigorosamente as instruções de uso.
Em caso de queimadura:
1. Resfrieo local com água corrente por 10 minutos (não use gelo).
2. Cubra com um pano limpo e seco.
3. Procure atendimento médico imediatamente em casos graves.
*SAMU EM ALERTA
O secretário estadual de Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, reforça a importância da prevenção."Nossas equipes estão preparadas, mas a melhor forma de evitar tragédias é a supervisão constante e o uso responsável de fogos", disse.
Durante o período junino, o Samu estará com reforço no atendimento, mas a conscientização ainda é a maior aliada para um São João seguro. A diversão pode e deve continuar, mas sem colocar vidas em risco.
Fonte: Agência Alagoas