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07/06/2025 às 07h30

Geral

Nutricionista alerta para riscos do uso indiscriminado de medicamentos em busca do emagrecimento

Embora aparentemente inofensiva, a prática pode trazer sérias consequências à saúde

Deixando de lado os exercícios físicos, muitas pessoas buscam o corpo perfeito recorrendo apenas aos medicamentos

Com o avanço das redes sociais e a valorização de padrões estéticos cada vez mais inatingíveis, cresce o número de pessoas que recorrem a medicamentos e procedimentos cirúrgicos com o objetivo exclusivo de emagrecer, muitas vezes sem qualquer indicação médica. A prática, embora aparentemente inofensiva, pode trazer sérias consequências à saúde, especialmente ao estado nutricional dos pacientes, segundo alerta o nutricionista do Hospital Ib Gatto Falcão, David Braga.

De acordo com o especialista, tem sido cada vez mais comum o atendimento a jovens sem doenças pré-existentes, mas com deficiências nutricionais graves. Um cenário que é resultado do uso indevido de substâncias para emagrecimento ou cirurgias realizadas sem necessidade clínica, apenas por puro modismo ou com foco no lado estético, o que acaba comprometendo a saúde e, em muitos casos, colocando a vida em risco.

“Muitas vezes recebemos pacientes com quadros de hipovitaminose, distúrbios digestivos, perda severa de massa muscular e até desnutrição. São situações que poderiam ser evitadas com acompanhamento profissional adequado. A banalização dos procedimentos estéticos está criando um novo e perigoso cenário de riscos nutricionais”, alerta David Braga.

Medicamentos como semaglutida, liraglutida, diuréticos e termogênicos vêm sendo utilizados sem prescrição médica ou avaliação multidisciplinar. O problema é agravado pela crescente adesão a procedimentos invasivos, como lipoaspiração e gastroplastia, a chamada cirurgia de redução de estômago, que deveriam ser indicados apenas para casos específicos de obesidade, mas têm sido adotados apenas com o intuito de redução de medidas, desconsiderando os impactos metabólicos e nutricionais.

De acordo com Braga, os principais riscos associados a essas práticas incluem a deficiência de vitaminas e minerais (ferro, B12, vitamina D, cálcio); sarcopenia (perda acentuada de massa muscular); desidratação e desequilíbrios eletrolíticos; desregulação do apetite e prejuízos na absorção de nutrientes e efeitos colaterais gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia. “A busca por um corpo ideal não pode se sobrepor à ciência, pois o emagrecimento saudável é um processo que exige tempo, avaliação global da saúde e acompanhamento nutricional adequado”, reforça o nutricionista.

Em resposta a essa realidade, o Hospital Ib Gatto Falcão tem reforçado investimentos em educação nutricional, protocolos individualizados e orientação contínua de pacientes e familiares sobre os perigos das práticas inadequadas. “A instituição reafirma seu compromisso com uma saúde pública ética, humanizada e baseada em evidências científicas, sempre com foco na saúde e bem-estar dos usuários”, ressalta David Braga.


Fonte: Ascom Hospital Ib Gatto Falcão

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