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31/07/2025 às 10h30

Geral

Prefeitura de Maceió realiza a 5ª Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial

Evento debate regimento interno em três eixos temáticos: democracia, justiça racial e reparação histórica na luta antirracista

Foto: Secom Maceió

Para fortalecer as políticas públicas de Maceió voltadas ao enfrentamento do racismo, a 5ª Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial ocorreu, nesta quarta-feira (30), no auditório da Uninassau, no bairro do Farol. 

Aberto ao público em geral, o evento reuniu a  sociedade civil, movimentos sociais e poder público para discutir o regimento interno em três eixos temáticos: democracia, justiça racial e reparação histórica. 

Com o tema "Igualdade e Democracia, Reparação e Justiça Racial", a iniciativa que é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania (Semuc),  reforça o compromisso da gestão do prefeito JHC com a garantia de direitos e participação ativa da população no combate ao racismo estrutural.

A secretária da Mulher, Sarah Nunes, afirma que a conferência é um marco histórico para a cidade. “Sabemos da importância dos povos tradicionais, de matriz africana e dos povos negros para a nossa cidade. É um momento para a gente discutir, dialogar e construir políticas públicas em promoção da igualdade racial, a justiça social e também a reparação histórica. Vamos sair daqui com muitas ideias e proposições para o futuro", informa.

Durante a ocasião, uma cartilha educativa também foi divulgada. A secretária explica que o propósito é realizar diversas ações nas escolas municipais e eventos em estabelecimentos comerciais.

“Queremos que todos passem a entender mais sobre a legislação, algumas falas que são importantes e outras que já são tidas como preconceito, que a sociedade ainda não compreende ou não sabe como gerenciar. Então, toda a nossa coordenação vai estar à frente para divulgar e ampliar, ainda mais, o conhecimento quanto à igualdade”, enfatiza.

Matheus Alves é pesquisador vinculado ao grupo de pesquisa em memória, identidade e território do programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Ele fala sobre a necessidade de reafirmar as narrativas sobre o que representam essas comunidades, sejam quilombolas, indígenas, pobres, ciganos ou LGBTQIAPN+. 

“O debate de reparação inicia justamente reivindicando o direito à memória, essa memória que é invisibilizada ou representada de forma negativa. As questões de reparação que atravessam o debate vão promover e dialogar com essas políticas específicas que serão propostas, buscando visibilizar uma compensação a todos esses contextos de violência que esses povos vivem. Então, a reparação busca justamente o que propõe, reparar essa histórica violência que acontece no Brasil e em Alagoas, desde o processo de colonização”, explica Matheus, um dos que estava à frente do debate do eixo 4, sobre reparação histórica. 

A ativista e militante do movimento negro, Arisia Barros, destaca que a Conferência junta pessoas, ideias e diversidade. “Essa diversidade pode pautar um processo de caminhada e um plano de ação. Nós precisamos ter um plano para discutir e estabelecer políticas antirracistas. A Conferência é o palco privilegiado para isso e é importante que tenhamos êxito para esse alinhamento”, pontua.


Fonte: Gleycyanny Romão/ Secom Maceió

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