A experiência de 20 estudantes alagoanos do programa Daqui pro Mundo ganhou um novo e capítulo nesta segunda-feira (25) com a visita ao Royal Pavilion, um dos mais emblemáticos pontos turísticos de Brighton. A atividade, que faz parte do intercâmbio de 100 jovens do estado no Reino Unido, vai além do aprendizado da língua, proporcionando uma verdadeira imersão na história e cultura local.
A visita dos estudantes ao Royal Pavilion serve como uma lição de história e arquitetura viva. O palácio, construído no final do século XVIII para o Príncipe Regente George IV, choca à primeira vista. Em plena costa inglesa, sua fachada se destaca pela exótica arquitetura indo-islâmica, com cúpulas que lembram as construções da Índia e da China. Essa mistura é reflexo do gosto extravagante de George IV, que desejava um refúgio de lazer longe da formalidade da corte em Londres.
Luxo e história por trás das muralhas
A extravagância continua no interior do palácio, onde a decoração suntuosa, inspirada na cultura chinesa, transporta os visitantes para um universo de dragões dourados, lustres imponentes e salões opulentos, como o Banqueting Room.
A visita tocou profundamente os estudantes. Para Maria Roberta Santos, de 16 anos, aluna da Escola Estadual João Valeriano de Oliveira, em Penedo, a experiência superou qualquer expectativa.
"O que mais me surpreendeu foram os detalhes e o estilo do lugar, diferente de todos os que eu já visitei em toda a minha vida. Eu já tinha visto palácios em muitos filmes, mas não imaginava que seria tão lindo ver de pertinho. É surreal de perto, você fica de queixo caído", relata a jovem.
Segundo Aklan Silva, de 17 anos, estudante da Escola Estadual Professora Edleuza Oliveira da Silva, em São Miguel dos Campos, a grandiosidade da decoração foi o ponto alto.
“O que mais me impressionou foi o tamanho e a beleza dos lustres, que são enormes, cheios de detalhes e diferentes de tudo que eu já tinha visto", conta o jovem. "Eles dão um ar muito mais 'realeza' para o lugar".
Além do luxo, o Royal Pavilion carrega uma história marcante. Durante a Primeira Guerra Mundial, o local foi transformado em hospital para soldados indianos que lutavam pelo Império Britânico, um contraste inesperado para um palácio de festas e lazer. Esse dualismo foi um dos pontos que mais chamou a atenção de Maria Roberta.
"Foi com a história do Royal Pavilion que eu entendi os dois lados diferentes da Inglaterra, o do luxo e o de uma realidade muito dura que foi a da guerra, com a participação dos indianos", completa.
Aklan reforça como essa vivência histórica é crucial para o intercâmbio. "A visita ao Royal Pavilion ajudou muito no meu aprendizado, porque não é só estudar inglês na aula, mas também é conhecer a cultura e a história do país. Ver de perto um lugar histórico e incrível faz a gente aprender de um jeito mais interessante".
Hoje, a edificação é um museu e um dos cartões-postais mais famosos de Brighton.
Fonte: Agência Alagoas