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18/10/2025 às 14h30

Geral

Mês do Educador: a importância do autocuidado para profissionais da educação

Descanso e estabelecer limites para o trabalho são ações que podem ser implantadas para minimizar adoecimentos

O mês de outubro é marcado pelo Dia do Professor e, nesse período, é essencial olhar com mais atenção para o papel do educador no ambiente escolar e para sua saúde mental. Os profissionais da educação enfrentam diariamente grandes responsabilidades: além de formar crianças e adolescentes, lidam com demandas administrativas, prazos apertados e pressões que podem afetar diretamente o equilíbrio emocional.

Infelizmente, esses obstáculos têm impacto negativo no autocuidado, já que nem sempre os professores encontram o apoio necessário diante dessas dificuldades. Nesse contexto, a educação socioemocional surge como uma aliada fundamental, pois não beneficia apenas os estudantes: também promove práticas de autocuidado, autoconhecimento e fortalecimento das relações, favorecendo o bem-estar dos educadores.

Para o coordenador pedagógico da Hug Education, Cícero Filgueira, essas são ferramentas fundamentais para o processo de buscar ajuda profissional e social. "É sistemático a quantidade de professores que são afastados de suas rotinas diárias, são números alarmantes que tendem a aumentar desde a pandemia. É muito importante a rede de apoio, as amizades, como também o autoconhecimento nesse processo, dos limites e saber se desligar do trabalho, que é uma dificuldade muito grande que o professor tem. Quando não se tem uma rotina estabelecida, acaba misturando demais", salienta.

Ações simples podem fazer diferença, como momentos de pausa que respeitem os limites entre trabalho e lazer, a criação de ambientes que promovam apoio e segurança emocional, e o incentivo para que os professores reconheçam seus próprios limites, compartilhem experiências e encontrem espaços de acolhimento.

"Sabemos que os custos para encaixar uma ajuda psicológica dentro da rotina financeira são altos, mas o autocuidado vai além disso, ao encontrar uma rotina, criar hobbies e estabelecer cuidados com alimentação e sono", enfatiza o coordenador.

A pandemia foi um contribuinte para que acelerassem esses processos na carreira do educador. Isso ocorreu porque o período estabeleceu mudanças muito rápidas nas práticas pedagógicas, onde os professores começaram a ser mais exigidos com assuntos que não deveriam ser obrigatórios em suas carreiras, como edição de vídeos e manipulação de programas.

Isso acarretou um adoecimento, principalmente daqueles profissionais de mais idade, que não são tão digitalizados, e muitos educadores adiantaram o processo de aposentadoria por causa disso. "A quantidade de educadores que tomam remédio para dormir não é pouca, justamente por falta de sistematização do apoio nesse processo. Em geral o burnout aparece mais, que vem muito com o excesso de carga de trabalho. O professor para conseguir sustentar a família tem que adquirir duas ou três escolas e essa sobrecarga e dificuldade de manter sua casa acarretam em questões mentais", pontua Cícero Filgueira.

Priorizar o autocuidado é uma necessidade. Quando os professores estão emocionalmente saudáveis, conseguem oferecer um ambiente de aprendizado mais positivo e inspirador, fortalecendo não só o ensino, mas também sua própria qualidade de vida.

"Nós sabemos que não conseguimos mudar todo esse cenário do dia para noite, mas é muito importante ter o olhar para si mesmo, entender os limites, potencialidades, como fazer as transições de horários, ter uma rotina bem estabelecida e cuidar da alimentação. Entender o que realmente é descansar, sem pensar nas demandas a serem entregues. Por isso é tão importante ocupar o cérebro de outras maneiras", finaliza o coordenador pedagógico. 


Fonte: Yezzi Assessoria de Comunicação

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