No último domingo (30), o Parque do Centenário, no bairro do Farol, um dos principais espaços públicos de lazer da capital alagoana, se transformou em ponto de encontro para famílias, profissionais de saúde e quem buscava entender melhor os desafios e caminhos da prematuridade. A ação, promovida pelo Hospital da Cidade (HC), levou conhecimento, acolhimento e histórias reais para além dos muros da unidade, reforçando o compromisso da instituição com o cuidado integral à saúde materno-infantil.
A programação contou com rodas de conversa que abordaram temas fundamentais como o pré-natal, boas práticas de cuidado, direitos das famílias e orientações para o período após a alta do bebê prematuro. Ao longo da tarde, especialistas dialogaram de forma aberta com o público.
A enfermeira Susângela ressaltou o pré-natal como principal ferramenta de prevenção, enquanto a neonatologista Camila Vasconcelos explicou os cuidados necessários no retorno para casa. A psicóloga Sáskia trouxe reflexões sobre o impacto emocional do nascimento prematuro e a importância do acolhimento, e a nutricionista Mikaele destacou o papel do aleitamento materno e da transição alimentar adequada para o desenvolvimento seguro dos pequenos.
Entre os relatos que emocionaram quem participou do encontro, esteve o de Avanny Oliveira, mãe da pequena Anny Beatriz, que viveu duas experiências com a prematuridade. Ela relembrou o impacto da primeira vez que viu o filho internado. “O meu primeiro bebê passou 41 dias na UTI. Quando a gente imagina a maternidade, pensa em ir logo para casa, e de repente se vê diante de aparelhos, sons e incertezas. Para quem nunca viveu isso, é um choque. Meus dois filhos passaram pela UTI porque nasceram prematuros, e isso muda tudo”, contou.
Avanny destacou que sua segunda vivência foi marcada por um cuidado mais amplo, que ia além da técnica. “Dessa vez, encontrei uma equipe engajada, que cuidava da saúde e também da gente. Teve dia em que cheguei triste, sem forças, e fui acolhida com sensibilidade. Esse apoio faz diferença. Quando estou bem, consigo transmitir segurança para minha filha, mesmo que seja através de um abraço ou de um simples ‘eu tô aqui’”, relatou.
O período foi ainda mais delicado quando ela perdeu o pai e precisou se ausentar. “Nesses dias, a equipe enviava fotos, dizia que ela estava bem, pegava minha filha no colo. É claro que o cuidado hospitalar, o remédio, os aparelhos são essenciais, mas aquele toque humano transforma tudo. Quantas vezes cheguei querendo chorar e saí sorrindo, brincando. Esse tipo de cuidado marca a nossa história”, afirmou.
Para a diretora-presidente do Maceió Saúde, Camila Porciúncula, aproximar o hospital da comunidade reforça o compromisso institucional com a rede materno-infantil. “Quando falamos de prematuridade, falamos de trajetórias de vida, de esperança e de responsabilidade social. Nosso compromisso é garantir que cada família tenha acesso a uma assistência acolhedora, baseada em evidências e conduzida por equipes qualificadas. Levar esse debate para um espaço público como o Parque do Centenário simboliza exatamente isso: conectar o serviço à população, incentivando prevenção, informação e cuidado contínuo”, ressaltou.
A diretora-geral do Hospital da Cidade, Célia Fernandes, reforçou que toda a mobilização do Novembro Roxo reflete o engajamento da equipe multiprofissional. “Cada bebê prematuro que chega ao HC carrega consigo uma história única, que demanda técnica, dedicação e sensibilidade. Estar no parque, dialogando com famílias e trocando experiências, é uma forma de mostrar que o cuidado não se encerra na alta. Nossa missão envolve acompanhar, orientar e apoiar cada etapa do percurso dessas crianças e de seus familiares”, completou.
Administrado pelo Maceió Saúde, o Hospital da Cidade integra a rede municipal com foco em inovação, governança e qualidade assistencial. A instituição atua para modernizar processos e aprimorar o atendimento à população, alinhando boas práticas de gestão ao compromisso de promover uma saúde pública de qualidade.
Fonte: Eberth Lins/Ascom Maceió Saúde