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15/07/2012 às 21h08

Geral

Alunos se revoltam com aumento de 66% no bandejão da UFMG

Com o novo preço, a instituição passa a ter um dos restaurantes universitários mais caros do Estado

O anúncio do aumento da refeição no bandejão da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) em 66% pegou muitos alunos de surpresa. A reitoria divulgou o reajuste no último dia 5 de julho, quando o almoço subiu de R$ 2,50 para R$ 4,15 para alunos, professores e servidores.

Com a nova tabela de preços, a UFMG vai figurar entre os restaurantes universitários mais caros do Estado, ao lado da UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri), que cobra R$ 4,20, seguida da UFA (Universidade Federal de Alfenas), com R$3,50, e da UFU (Universidade Federal de Uberlândia), que cobra R$ 3. O bandejão mais barato é o da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), que subisidia 70% dos gastos e cobra apenas R$ 1,40.

A decisão de UFMG não agradou muito setores da comunidade universitária, que se uniu na tentativa de barrar a mudança. O estudante de farmácia Denyr Jeferson promoveu uma manifestação com a presença de 200 alunos, quando o Conselho Universitário se reuniu para votar o aumento na reitoria. Há três anos na universidade, não houve um dia em que não almoçou no bandejão, onde também janta eventualmente.

— Quem almoça no bandejão, não é porque gosta ou acha a comida saborosa, é porque não pode pagar R$ 7, R$ 8 por um almoço.

A assessoria de imprensa da universidade informou que a readequação dos preços foi necessária para “corrigir distorções na forma de concessão de subsídio e, ao mesmo tempo, ampliar a assistência aos estudantes”. Ainda segundo a assessoria, o valor não sofria reajuste há sete anos, se tornando defasado em relação aos custos básicos de produção, o que prejudicou a assistência aos usuários do restaurante.

A UFMG também ressaltou que a nova sistemática aumenta o subsídio aos alunos carentes. Cerca de 60% dos assistidos pela Fump (Fundação Universitária Mendes Pimentel) devem receber a refeição gratuita. Os outros vão pagar apenas R$ 1 por cada prato. No entanto, a maioria dos universitários, os professores e servidores vão ter prejuízo com um aumento de R$ 1,65 no valor da comida.

Também membro do Diretório Acadêmico de seu curso, Denyr Jeferson considerou a medida abusiva, pois sabe que a maior parte do alunos não possui assistência e, mesmo assim, não tem condições de custear o novo valor. Segundo o aluno, muitos confiam na comida do restaurante, que oferecia opções variadas de cardápio a um preço baixo.

Comida boa e barata

Com a refeição mais barata do Estado, a Universidade Federal da Juiz de Fora (UFJF) gasta cerca de R$ 2,5 milhões por ano para que o estudante desembolse apenas R$ 1,40 diariamente. Para manter a boa qualidade da comida com um preço baixo, o pró-reitor de planejamento de gestão, Alexandre Zanine, explica que é preciso subsidiar 70% do valor da comida, que custaria R$ 5,50 por dia.

— O restaurante universitário está dentro da política de atendimento dos estudantes. Além do almoço, a gente disponibilizou jantar e café da manhã. Houve um grande impacto depois de investimentos nos últimos três anos na qualidade e infraestrutura do restaurante.

O bandejão oferece 5 mil refeições por dia e, segundo Zanine, o estudante pode acompanhar o cardápio pelo site da universidade. Há várias opções, como pratos especiais para vegetarianos.

— Se a gente não puder oferecer esse tipo de serviço, fica difícil, ainda mais em uma universidade pública. Se não houver políticas de assistência estudantil, fica difícil manter os estudantes dentro da universidade.


Fonte: R7

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