Dólar com. 5.6445
IBovespa 3
20 de maio de 2025
min. 23º máx. 32º Maceió
chuva rápida
Agora no Painel Atividade econômica tem alta de 1,3% no primeiro trimestre
29/08/2012 às 12h57

Geral

Formandos de Fisioterapia homenageiam Giovanna Tenório

Cesmac parou durante solenidade de Aposição da Placa

 

A semana deveria ser de alegria extrema para os formandos em Fisioterapia 2012.1 do Centro de Ensino Superior de Maceió (Cesmac). No entanto, entre sorrisos e comemorações, os novos profissionais da saúde sentem a dor de não poderem compartilhar com a presença de uma colega de classe: Giovanna Tenório Andrade, brutalmente assassinada em junho de 2011.
 
A vida lhe foi tirada de forma brutal e o que restou para os amigos foi a possibilidade de prestar homenagens que acontecem nas comemorações pela formatura na faculdade. Ontem, durante a tradicional cerimônia de Aposição da Placa, muitas lágrimas e saudades entre os amigos da estudante, que sentiram sua ausência, mas decidiram deixá-la eternizada.
 
Turma Giovanna Tenório Andrade. Foi assim que os alunos batizaram a turma, que teve na placa uma enorme foto da jovem, que sonhava em trabalhar na área da saúde, era católica e tida pelos amigos como uma pessoa tímida, companheira e dedicada. A foto da placa foi reproduzida no Facebook e compartilhada por um grande número de usuários da rede social, que parabenizaram a iniciativa dos formandos.
 
O Cesmac parou durante a solenidade. A mãe de Giovanna Tenório, Catarina Tenório, esteve presente e se emocionou com o carinho dos amigos da estudante. Segundo alunos que acompanharam a solenidade, o momento em que pano que cobria a placa foi retirado, a emoção tomou conta dos amigos de Giovanna.
 
E a emoção deve ser ainda maior durante as demais celebrações. Os novos fisioterapeutas participam nesta quinta-feira (30) da Colação de Grau, que promete ser um momento de lembrança entre os presentes, quando Giovanna Tenório se formaria no curso tão desejado. A solenidade será no Teatro do Colégio Marista, no bairro do Farol, a partir das 19h30. Hoje acontece uma missa às 20h na Igreja dos Capuchinhos.
 
O crime contra Giovanna ainda segue sem julgamento. Ela foi encontrada morta, em estado de decomposição avançado. O corpo da estudante estava enrolado em um lençol e apresenta sinais de violência nas costas. Os peritos também encontraram um cordão de nylon no pescoço. A universitária estava com os mesmos trajes que usava quando desapareceu na última quinta-feira, uma blusa de bolinhas e um tênis branco.
 
No dia que a jovem desapareceu, ela teria avisado a família, antes de sair de casa, que não retornaria para almoçar. Giovanna passou a manhã participando do estágio do curso que era matriculada, no Cesmac. O estágio acontecia no Dique Estrada, região Sul de Maceió.
 
Ao retornar do estágio Giovanna teria falado a amigas que ia almoçar com um 'amigo' em um restaurante localizado próximo da agência do Banco do Brasil da Avenida Thomaz Espíndola, no bairro do Farol. Amigas de Giovanna alegam que a estudante não falou o nome do 'amigo', mas demonstrava muita alegria. Foi esse 'amigo' que teria telefonado para ela pedindo para se apressar, pois já estava aguardando a moça. Este foi o último dia que amigos e parentes viram Giovanna com vida.
 
São acusados do crime Antônio Bandeira e a mulher, Mirella Granconato, além do caminhoneiro Luiz Bernardino. Giovanna manteve um caso amoroso com o empresário que havia negado que era casado. Tudo foi descoberto em uma festa em uma boate noturna de Maceió, onde Tony estava na companhia da mulher que flagrou um suposto encontro entre ele - o marido, e Giovanna.
 
As duas teriam discutido bastante e chegaram a trocar empurrões. Dias após, Mirella chegou a ameaçar por telefone a ex-amante do marido, que manteve alguns encontros com Tony às escondidas, conforme relatos de amigos da estudante. Tony e a mulher sempre alegaram, em suas defesas, inocência na participação desse caso.
 
As investigações foram acompanhadas pelo Grupo Estadual de Combate ao Crime Organizado (Gecoc), do Ministério Público Estadual e juízes da 17ª Vara de Maceió, responsável pelas investigações de crimes praticados por grupos organizados.
 
O rapaz e um caminhoneiro, que estava com o celular de Giovanna, chegaram a ser presos pelo crime, assim como Mirella Granconatto. Os dois primeiros conseguiram liberdade, mas Mirella segue presa e já teve vários habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas.
 
Tony Bandeira e Mirella Granconato estão em liberdade, após decisão da Justiça, e são monitorados por tornozeleira eletrônica. Já o caminhoneiro segue preso.

Fonte: Cada Minuto

Todos os direitos reservados
- 2009-2025 Press Comunicações S/S
Tel: (82) 3313-7566
[email protected]