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13/09/2012 às 08h06

Geral

Casal movimentou quase R$ 1 milhão com aplicação de Potenay em humanos

Estimulante veterinário é proibido para uso humano

Casal foi preso em casa, com diversos materiais para aplicação de Potenay

 

A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), por meio da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DRN), comandada pelo delegado Jobson Cabral, conseguiu tirar de circulação um suposto bando criminoso acusado de comercializar e usar o estimulante veterinário Potenay, proibido para uso humano.
 
O flagrante aconteceu na Rua Camaragige, próximo da faculdade Facima e de uma igreja evangélica, no bairro do Ouro Preto, em Maceió. O casal Luane Nunes da Silva e José Alberto dos Santos Barbosa foram autuados em flagrante em sua residência do qual era utilizada para a comercialização do estimulante e aplicação do mesmo em ‘clientes’.
 
De acordo com o delegado Jobson Cabral, na casa do casal foram encontrados cadernos e agendas que nomes de clientes e valores da aplicação. “A mulher que assume a utilizava e aplicação em outras pessoas que ela diz amigas cobrava de R$ 12 a 24 por cada aplicação-dose, mas o valor poderia ser maior conforme a quantidade aplicada”, revelou Carlos Reis, diretor do Departamento de Polícia Judiciária Metropolitana (DPJM).
 
“O grupo lucrou nos quatro anos de atuação ilícita mais de R$ 700 mil, quase um milhão. Em dez dias eles chegavam a ganhar R$ 5 mil, por mês era uma média de R$ 15 mil, R$ 188 mil por ano”, contabilizou a autoridade policial.
 
Na casa do casal, a DRN prendeu três pessoas que faziam o uso do anabolizante e que no decorrer do inquérito policial podem também compor o bando criminoso, são eles: o engenheiro da Viva Ambiental Elson Coxis da Cruz Oliveira Júnior, de 32 anos, o sargento do Corpo de Bombeiros Militar, José Roberto de Mendonça Lima, de 30 anos e o agente penitenciário Rodrigo Antônio Castelo Branco Pires, de 28, todos residentes no bairro da Ponta Verde, área nobre da capital alagoana.
 
Segundo o delegado Jobson Cabral, os três, além de outros clientes faziam a compra do estimulante para animal e armazenavam na casa do casal preso. Foram confeccionados Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) contra os três detidos, que responderão pelo uso de medicamento veterinário, “que embora seja um crime mais brando não deixam de responder o processo”.
 
Ainda de acordo com o delegado, Luane teria aprendido a aplicar Potenay em seus clientes por intermédio de Silvana Bezerra, esposa do sargento Afonso que também fazia uso de anabolizante. Luane diz que comprava caixas de Potenay sem prescrição médica por um valor de R$ 600 cada caixa, com 600 ampolas de 10ml.
 
"Ela estava viciada e usava para emagrecer, pedia para ela parar de usar, mas era um vício", defendeu a esposa José Alberto. "Eu não tenho nada a ver com isso, vendo roupas para sobreviver e o pessoal que foi pego estava comprando roupa na hora que a polícia chegou", alegou.
 
O casal responderá pelos crimes de falsificação ou adulteração de produtos para fins terapêuticos ou comercialização de produtos anabolizantes destinados ao uso veterinário, conforme prevê os artigos 273 e 278 do Código Penal. A pena é de 10 a 15 anos de reclusão.
 
Material apreendido
Foram apreendidos na residência do casal vários cadernos com nomes e valores de aplicação; relógios de alto valor em estojos; R$ 1.049 em espécie; celulares, 270 frascos de Potenay; 43 seringas de 10 ml prontas para aplicação; uma caixa com seringas descartáveis, sem agulha, caixas de agulha hipodérmica descartável, pacotes de algodão, frascos de álcool gel, dispositivo de infusão intra-venosa, um cesto de lixo contendo várias seringas e agulhas usadas. 

Fonte: Tribuna Hoje

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