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25/08/2011 às 22h07

Geral

Após pagar fiança de R$ 3 mil, atriz pornô deixa prisão em MS

Julia Fontanelli, que relatou ter atuado em mais de 200 filmes pornôs, negou envolvimento em esquema criminoso

A atriz pornô Juliana de Assis Novaes Cardoso, conhecida como Julia Fontanelli, deixou a prisão na tarde de quarta-feira, em Campo Grande (MS), após ser beneficiada com a concessão de liberdade provisória pela Justiça de Mato Grosso do Sul. Segundo a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciária (Agepen), a atriz saiu da penitenciária feminina Irmã Irma Zorzi por volta das 16h.

Julia Fontanelli havia sido presa no dia 10 de agosto após ser flagrada em um carro com chassi e documentação adulterados no Paraguai, durante uma blitz na BR-163. Para deixar a prisão, ela teve de pagar R$ 3 mil de fiança.

A decisão que concedeu a liberdade à atriz pornô foi proferida pelo juiz Wilson Leite Corrêa, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, na terça-feira, e se estende a Erick Feliciano Batista, 33 anos, suspeito de integrar a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) que acompanhava a atriz no carro.

Para a polícia, as prisões indicam novos indícios de um esquema usado por quadrilhas paulistas de ladrões de carro para dar aparência legal a automóveis roubados. Segundo a Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (Defurv) do Estado, a atriz seria somente acompanhante do motorista, mas teve participação no crime. Em depoimento, ela garantiu que foi ao Paraguai "apenas para fazer compras" e disse desconhecer o fato de o carro comprado pelo homem estar em situação de roubo.

"É um esquema corriqueiro. Quadrilhas roubam carros em São Paulo e levam para o Paraguai com objetivo de 'esquentar' os documentos", disse o titular da Defurv, delegado Alberto Vieira Rossi. Com antecedentes por receptação e estelionato, o suposto membro do PCC alegou em interrogatório ter adquirido o veículo na capital paulista com documentação legalizada, possibilidade rechaçada pela polícia. "Avaliamos que ela teve atuação na ação criminosa, já que ela encenou uma situação para enganar as autoridades. Eles fingiram ser um casal que fazia compras, quando na verdade buscavam esquentar a documentação", disse.

A revelação da profissão de Julia Fontanelli surpreendeu os policiais. "Ficamos sabendo quando estávamos nos preparando para levá-la à Penitenciária Feminina. Ela contou o que fazia, em detalhes. Segundo ela, foram mais de 200 filmes", afirmou o delegado.

Segundo a polícia, 20 veículos com as mesmas ilegalidades do carro apreendido já foram flagrados em 2011 no Mato Grosso do Sul. No Paraguai, as organizações criminosas obtêm documentos adulterados e modificam os chassis.


Fonte: Terra

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