Mônica Aparecida Calheiros
O julgamento do Caso PC segue na tarde desta terça-feira (07) com o depoimento de Mônica Aparecida Calheiros. Dona de uma churrascaria à época das mortes de Paulo César Farias e Suzana Marcolino, Mônica vendeu à namorada de PC o revólver usada no crime.
Mônica contou que viu Suzana umas duas vezes em seu estabelecimento comercial, na cidade de Atalaia. Ela disse que uma prima de Suzana, Zélia Maciel, frequentava a churrascaria e um dia a telefonou perguntando se ela conhecia alguém que vendia armas.
“Ela (Zélia) disse primeiro que Suzana queria dar a arma à mãe, isso por telefone. Depois, as duas foram na churrascaria e eu lembrei que tinha uma arma que ganhei do meu marido para a minha proteção. Elas disseram nessa ocasião que Suzana queria praticar tiro ao alvo. Então, vendi a arma, sem dizer ao meu marido, por uns R$ 250, não me lembro bem”, relatou Mônica. O pagamento de Suzana foi feito com um cheque do Banco Itaú.
Mônica contou também que Suzana pediu para testar a arma quando comprou em um terreno atrás do estabelecimento comercial. “Eu pedi que não fizesse isso já que havia clientes na churrascaria, não lembro se ela fez isso porque eu estava atendendo o pessoal”, disse ela acrescentando que não lembrava muito bem dos fatos por conta do tempo que passou do crime até hoje.
Indagada pelo juiz Maurício Brêda se sofreu pressão de Zélia Maciel para não revelar detalhes sobre a venda, Mônica disse que não. O magistrado leu um trecho do depoimento de Mônica, após as mortes de PC e Suzana, em que ela afirma que recebeu telefonemas de Zélia. Nas ligações, a prima de Suzana teria pedido que Mônica não relatasse à Polícia o contato feito antes da compra da arma.
“Eu não lembro, mas tudo o que eu disse no meu depoimento é verdade. Se eu disse isso à época, é verdade, mas agora não me recordo”, disse Mônica. Ela afirmou também ao juiz que depois que soube das mortes de Suzana e PC procurou um amigo magistrado e informou o fato, se colocando à disposição para prestar esclarecimentos à Polícia.
Após o depoimento de Mônica, o marido dela foi ouvido. Jefferson Calheiros contou que não conhecia Suzana e que Zélia era cliente da churrascaria. Ele confirmou o que foi dito pela esposa de que só soube da venda da arma depois do negócio efetuado.
Fonte: Cada Minuto