A bela silhueta branca do transatlântico MSC Orchestra, ancorado no porto, deu mais vida e beleza à cidade de Maceió. Com 16 conveses, ou decks, o navio é um enorme hotel flutuante. Os 2.271 passageiros e parte dos 950 tripulantes – que estavam de folga - passaram o dia curtindo o melhor da natureza e da cultura alagoana.
Alunos do curso de Hotelaria e Turismo do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) recepcionaram os apressados turistas, que não queriam perder o pouco tempo para conhecer as praias. Quitéria Soares aproveitou para colocar em prática o curso de espanhol. “Deu para ajudar aos turistas que queriam informações sobre nossas praias. É maravilhoso estar aqui e fazer este trabalho”.
A temporada de cruzeiros 2013/2014 começou neste quinta (7) com o MSC Orckestra, terá outros 17 cruzeiros. O navio Favalosa, da companhia Costa Cruzeiros, encerra a temporada no dia 28 de março de 2014.
O tripulante brasileiro Bruno Portela, de Belo Horizonte, aproveitou a folga para passear. “Embarquei junto com outros colegas em Gênova, na Itália. Vamos trabalhar durante toda a temporada de cinco meses e aproveitar para conhecer melhor o Brasil. Quero visitar algumas das famosas praias alagoanas, pena que o tempo é bem curto”.
Samuel Martins, Renan Ribeiro e Renato Petronilo, de Roraima, Ceará e Rio Grande do Norte, respectivamente, fizeram a travessia do atlântico, passando também por Las Palmas, nas Ilhas Canárias. “Fazemos a animação dos passageiros durante o cruzeiro. Dançamos, interpretamos, fazemos um pouco de tudo”, afirmou Renato. Cerca de 30%, de todos os tripulantes, são brasileiros.
“Minha sereia”
Entre turistas brasileiros, africanos, italianos e portugueses que desembarcavam do navio, chamou a atenção à presença de um oficial do MSC Orckestra, devidamente fardado, cantando, animadíssimo, a música ‘Minha Sereia’, de Carlos Moura. Nova surpresa, o marinheiro cantor era o médico chefe do transatlântico, e para completar, alagoano de Maceió.
Marco Antonio Montenegro, 73 anos, é vice-almirante da reserva da Marinha do Brasil. Depois da aposentadoria resolveu oferecer seus serviços à Marinha Mercante. “Cansei de ficar em casa e ver minha esposa reclamar de tudo e me mandar fazer compras no supermercado. O navio é um mundo. Não tem um único dia igual ao outro”.
Segundo o oficial, o trabalho médico no barco não é pesado. “Temos sempre casos de enjoo a bordo, no caso MSC Orckestra são poucos, já que o navio dispõe de modernos equipamentos que estabilizam melhor o navio durante a navegação em alto mar”, explicou Marco Antônio.
O vice-almirante, que nasceu na Praça Sinimbu, é um apaixonado por Alagoas. “Quase todos os anos venho a Maceió. Uma lembrança que guardo com muito carinho é quando estive aqui a bordo do maior navio da armada brasileira na época, o porta-aviões Minas Gerais. Foi mesmo uma ocasião muito especial”, recorda o oficial.
Fonte: Agência Alagoas