Internautas bombardearam a academia pelo da imagem do menino sírio morto em praia da Turquia
O anúncio da academia FitFlex, da Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), vem causando muita confusão na internet. Isso porque a peça publicitária divulga o serviço do ensino da natação infantil, mas, utiliza como apoio a famosa – e chocante – imagem do menino sírio Aylan, encontrado morto em uma praia da Turquia após tentativa frustrada de migração para a Europa, em setembro do ano passado.
No cartaz impresso, a academia diz que natação não é um luxo, mas uma necessidade primordial, e usa o argumento que a criança demora "9 meses para nascer, 3 anos para crescer, 2 minutos para ficar sozinha e 1 minuto para morrer afogada". No entanto, a insensibilidade do uso da imagem de Aylan, que morreu por motivos que nada têm a ver com a aprendizagem do esporte, indignou milhares internautas.
O material foi replicado milhares de vezes em diversas páginas de redes sociais. "Isso ai é zueira, não!? Diz que é, diz que é, por favor.....", criticou um usuário do Facebook na página "Publicidade e Propaganda da Depressão", que classificou o anúncio como "sem noção".
Outros usuários do Facebook foram diretamente na página da academia para criticar a abordagem do anúncio. "Vocês não têm vergonha na cara,usar a foto de uma criança morta,vítima da guerra?", disse um deles, abaixo de uma postagem do estabelecimento.
Procurada pelo iG, a secretaria da academia passou o contato do proprietário, que não atendeu as ligações. No entanto, por volta das 17h30 desta quinta-feira (24), um posicionamento foi postado pela direção na mesma página oficial do Facebook, onde receberam as críticas. No documento, a empresa diz que a ideia do anúncio surgiu após a morte de uma criança nas redondezas da academia. "Tentou-se mostrar que não só em uma guerra se perdem crianças, que ao nosso lado uma criança pode morrer acidentalmente afogada", afirma trecho do texto.
Ainda de acordo com a resposta, a FitFlex tomou conhecimento e lamentou a má aceitação do material na internet, já que a intenção era alertar para os perigos dos afogamentos. Além disso, foi informado também que a foto do menino sírio morto foi retirada do anúncio assim que o primeiro feedback negativo chegou ao conhecimento da direção.
Fonte: Brasil Econômico/iG