Está marcada para esta quinta-feira (03), às 9h, no plenário Silvanio Barbosa na Câmara de Maceió, uma Audiência Pública para discutir sobre a questão do saneamento e poluição nas praias de Maceió, os problemas atualmente enfrentados e suas possíveis soluções, proposta pelo vereador Cleber Costa e aprovada por unanimidade pelos demais vereadores.
“O principal objetivo é reunir os órgãos responsáveis para pensarmos juntos nas melhores soluções, bem como cobrarmos as devidas ações necessárias para o controle da poluição de nossas águas. Só não podemos ficar parados enquanto os problemas só se agravam até ficarem irremediáveis.”, comentou o propositor da audiência.
Foram convidados para participar da audiência o secretário Jair Galvão, da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer (Semtel); o presidente Milton Hênio Neto de Gouveia Vasconcelos, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas – ABIHAL; o procurador-geral Alfredo Gaspar, do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE-AL); o superintendente Gustavo Alberto Acioli de Paiva Torres, da Superintendência De Desenvolvimento Sustentável (SUDS) e o presidente da Companhia de Abastecimento D’Água e Saneamento do Estado de Alagoas (CASAL), Wilde Clecio Falcão de Alencar.
De acordo com a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Maceió é a décima oitava capital no ranking nacional 2019 de saneamento básico nas capitais, que considera atendimento da água, coleta de esgoto, tratamento do esgoto, coleta de resíduos sólidos e destinação adequada de resíduos sólidos. Atualmente apenas 28,4% da população de Maceió e sua região metropolitana tem coleta e tratamento de esgoto, segundo os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informação Sanitária (SNIS).
Um dos principais entraves quanto à poluição das águas na capital é o Riacho Salgadinho, alvo de campanhas de despoluição há 30 anos. O rio percorre a cidade de norte a sul recebendo esgoto e lixo de toda parte, inclusive clandestinamente. Quando chega à Praia da Avenida, o índice de coliformes fecais é impraticável, tornando a praia imprópria para banho, assim como outros pontos turísticos da capital.
Poluição e contaminação das águas, em um estado conhecido como o "Caribe brasileiro" devido às suas águas transparentes e belezas naturais, é uma ameaça dupla: para a saúde da população e para a economia local, já que o turismo é a segunda atividade econômica mais importante do estado, atrás apenas da sucroalcooleira, de acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas (Sedetur). Sem praias balneáveis (próprias para banho), não há turistas e sem o turismo diminui a geração de empregos e o desenvolvimento da cidade desacelera.
Fonte: Assessoria